das agências internacionais

O tribunal penal internacional da ONU para Ruanda condenou ontem o ex-premiê ruandês Jean Kambanda à prisão perpétua por sua participação no genocídio da etnia tutsi durante a guerra civil no país, em 1994.
Essa foi a primeira sentença expedida pelo tribunal internacional, criado para julgar os crimes de guerra em Ruanda e instalado na cidade de Arusha (norte da Tanzânia).
Kambanda, da etnia hutu, foi premiê do governo interino ruandês entre abril e julho de 1994, período em que ocorreram assassinatos em massa de tutsis e hutus moderados, com saldo de mais de meio milhão de mortos.
Em maio passado, o ex-premiê confessou ao tribunal ter participado do genocídio.
A sentença afirmou que Kambanda usou sua autoridade para dirigir e incentivar os massacres, quando ele deveria ter protegido a população. Ainda há 35 suspeitos que aguardam julgamento.
Na semana passada, o tribunal condenou o ex-prefeito da comunidade de Taba (centro de Ruanda) Jean-Paul Akayesu por genocídio e crimes contra a humanidade. Sua sentença será decidida no final deste mês.
O tribunal decidiu que violência sexual também será enquadrada como crime de genocídio -Akayesu também foi condenado por abuso sexual.



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