DA REDAÇÃO

Israel prosseguiu ontem, pelo sexto dia consecutivo, a ofensiva contra campos de refugiados palestinos em Gaza, dos quais têm sido lançados foguetes Qassan contra assentamentos judaicos ou cidades israelenses.
Ao menos 11 palestinos morreram, incluindo um menino de 4 anos e uma adolescente de 14. Israel afirma que oito das vítimas integravam grupos terroristas.
Desde o início das operações, há uma semana, já morreram 67 palestinos. Na Cisjordânia, um soldado israelense e dois outros palestinos morreram em Ramallah.
Os projéteis israelenses partiram de um veículo blindado, segundo testemunhas palestinas.
Porta-vozes israelenses negaram que o veículo blindado tenha atirado, mas admitiram ter reagido ao lançamento de granadas contra seus militares.
Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU convocou reunião de emergência para negociar uma resolução que contenha a atual ofensiva israelense.
O embaixador dos EUA, John Danforth, acusou as outras nações do CS e da Assembléia Geral da ONU de "adversários de Israel" e "torcedores dos palestinos". Em São Paulo, mais diplomático, o secretário de Estado, Colin Powell, pediu que Israel cesse os ataques em Gaza.
Prossegue também a controvérsia entre a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) e o governo israelense. Israel disse sábado que terroristas transportavam foguetes em ambulâncias da agência.
Ontem Peter Hansen, seu diretor, exigiu que chanceler israelense, Sylvan Shalon, "peça desculpas pela acusação".
A acusação israelense toma por base um vídeo de uma ambulância sendo carregada. Hansen afirma que viu o vídeo e que a ambulância recebia uma maca. Israel diz que havia mísseis.