São Paulo, domingo, 05 de dezembro de 2004

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Brasil assumiu missão de paz há seis meses

DA REDAÇÃO

O Conselho de Segurança da ONU aprovou o envio de uma missão de paz para o Haiti em abril de 2004, depois que protestos de rua em Porto Príncipe, um violento levante armado de ex-militares em diversas regiões e a pressão internacional provocaram a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide, dois meses antes.
A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), conta atualmente com um contingente militar estrangeiro de 4.790 soldados. Durante os primeiros estágios, a força de paz ficou sob o comando dos Estados Unidos.
A maior força, com 1.198 integrantes, pertence ao Brasil, que assumiu o comando da missão na figura do general Augusto Heleno Ribeiro Pereira desde junho, mês em que os "capacetes azuis" brasileiros chegaram ao Haiti. Argentina e Chile também têm tropas no país.
Apesar de a resolução da ONU ter estabelecido uma força com mais de 6.700 homens, só metade desse contingente foi enviada pelos países que se comprometeram a participar da ação. Já a força policial tem apenas 450 dos 1.600 planejados.
O governo brasileiro tem reiteradas vezes reclamado do atraso do envio do restante da tropa, além de verbas para a reconstrução.
Após o término da validade da resolução da ONU em novembro, a permanência da Minustah no Haiti foi prorrogada por seis meses, até julho de 2005. O Brasil defende, porém, um prazo maior de permanência.
Recentemente, o general Heleno afirmou que sofre pressões de países como os EUA, Canadá e França para usar mais força para controlar a crise no país caribenho.

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