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TERROR
Duas explodem, sem ferir ninguém; ações ampliam ataques contra entidades européias reivindicados por anarquistas italianos
União Européia é alvo de mais três cartas-bombas
DA REDAÇÃO
Duas cartas-bombas enviadas a
membros do Parlamento Europeu se incendiaram ontem em
Bruxelas e Manchester sem causar ferimentos, e uma terceira
bomba foi interceptada. As bombas se seguem a outras semelhantes enviadas a instituições e líderes da União Européia nas últimas
duas semanas, totalizando sete
cartas desse tipo.
O pacote enviado ao alemão
Hans-Gert Poettering, líder do
conservador Partido Popular Europeu (PPE), pegou fogo nas
mãos de um funcionário.
O escritório do eurodeputado
socialista Gary Titley em Manchester, Inglaterra, foi tomado
por uma fumaça densa e acre depois que um pacote que tinha chegado durante o feriado de fim de
ano pegou fogo. "Não há justificativa para esses ataques, que na
realidade são um ataque à democracia", disse o deputado.
Uma terceira carta, endereçada
a José Ignacio Salafranca, líder da
seção espanhola do PPE, foi desativada em Bruxelas.
As duas cartas-bombas encontradas na capital belga eram idênticas em forma e todas as três tinham carimbo de 22 de dezembro dos Correios de Bolonha, na
Itália, de onde se acredita que os
ataques anteriores se originaram.
Depois que se soube desses pacotes, funcionários do Parlamento Europeu receberam instruções
para lidar com cuidado com a
correspondência. Três carros de
bombeiros e equipes antibomba
estavam estacionados em frente
ao prédios do Parlamento Europeu, e policiais à paisana entraram no prédio carregando caixas
de metal.
Investigadores apontam para
um grupo anarquista italiano como responsável pelas cartas. Um
grupo auto-intitulado Federação
Anarquista Informal assumiu a
autoria do atentado com bombas-relógios em frente à casa de Romano Prodi, presidente da Comissão Européia (órgão executivo
da UE), que causou um pequeno
incêndio em 21 de dezembro.
Numa carta para o jornal italiano de esquerda "La Repubblica"
em 23 de dezembro, o grupo
anarquista afirmou ter plantado
as bombas para "atingir o aparato
de controle que é repressivo e dirige o show democrático que é a
nova ordem européia".
Órgãos antiterroristas europeus
criaram ontem uma força-tarefa
para investigar as cartas e o suposto grupo anarquista italiano.
A Itália irá liderar o grupo, que
monitorará e analisará "o fenômeno anarco-insurgente" nos
próximos dois meses, segundo
comunicado italiano.
Em anos recentes, dois atentados custaram a vida de assessores
governamentais italianos, causando temores de um ressurgimento do terrorismo de esquerda
ou anarquista no país, comum em
décadas anteriores.
Com agências internacionais
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