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Distrito operário decadente é reduto de Haider
do enviado especial
Localizado dez quilômetros ao
norte de Viena, o distrito operário
de Florisdorf é um dos principais
redutos do Partido da Liberdade.
Na eleição de outubro, a legenda de extrema direita teve quase
40% do total de votos no distrito,
ficando em primeiro lugar.
Fábricas decadentes em todo lugar, desemprego na casa dos 8%
(quase o dobro da média nacional) e até a presença de alguns
mendigos nas ruas, algo inexistente no centro de Viena, ajudam
a entender a popularidade do partido extremista no local.
"Tenho 56 anos e, nesta idade,
não consigo mais emprego", diz o
ex-metalúrgico Jon Mallina.
"Pelo menos consigo alguns trabalhos temporários, mas vários
ex-colegas meus desistiram", diz.
Ele afirma que, com a chegada
do novo governo, tem motivo para voltar a se animar. "Pior do que
a atual situação não dá para ficar.
Joerg Haider pelo menos é uma
pessoa cheia de idéias", diz.
Heil Stephan, 45, que ainda trabalha como metalúrgico em uma
fábrica de acessórios para carros,
afirma que vive "eternamente
preocupado" com seu emprego.
Eleitor do Partido da Liberdade,
ele diz que não se preocupa com
as declarações de Haider elogiando realizações do governo nazista
de Adolf Hitler na Alemanha.
"Haider está certo em falar bem
da política econômica do nazismo. Hitler criou empregos, resgatou a Alemanha de uma crise dramática", afirma Stephan.
O estudante Orland Saetler, 26,
diz que apóia o Partido da Liberdade porque "está na hora de acabar com a bagunça na Áustria".
"Acho que estamos no limite de
nossa capacidade de absorver estrangeiros. Todos só têm a ganhar
com regras mais rígidas. Os imigrantes que já estão aqui precisam
de garantias de que terão condições de viver bem", afirma.
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