|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para analistas, apresentação deverá impressionar
DA REUTERS
Leia a seguir a reação de analistas à apresentação do secretário
de Estado dos EUA ao Conselho
de Segurança da ONU.
Barthelemy Courmont, Instituto de Relações Estratégicas e Internacionais, Paris: "Em termos de relações públicas, foi muito
forte. Ele mostrou documentos
que podem ser considerados incriminadores. No entanto alguns
pontos continuam bastante vagos. Quando ele trata de detalhes,
faz acusações sérias, com nomes e
pessoas, mas não há provas. Não
estou realmente convencido".
Pavel Felgenhauer, analista de
defesa independente, Moscou:
"Foi uma apresentação bastante
impressionante. Algumas das
idéias apresentadas dificilmente
seriam consideradas aceitáveis
em um tribunal... Mas ele causou
a impressão certa, de que Saddam
Hussein é capaz de produzir armas de destruição em massa".
Udo Steinbach, diretor do Instituto Alemão para Estudos do
Oriente Médio: "Foi ainda menos
impressionante do que se poderia
imaginar. A posição dos aliados
que exigem mais tempo para os
inspetores saiu reforçada".
Volker Perthes, analista do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança, Berlim: "Há alguns fatos novos, como, por exemplo, os foguetes que
estão sendo produzidos, provavelmente com alcance muito superior aos 150 quilômetros permitidos. Se há locais de produção
que possam ser descobertos em
fotografias tiradas por satélites, os
inspetores têm condições de visitá-los, talvez ainda hoje, e verificar
se essa informação é correta".
Tim Ripley, pesquisador do
Centro de Estudos Internacionais
e de Defesa, Universidade de Lancaster, Reino Unido: "Acredito
que o mais interessante sejam os
elos com a Al Qaeda. Mas ele [Powell] não exibiu uma única foto
de lançadores de mísseis. Produziu indícios circunstanciais".
Jacques Beltrand, analista do
Instituto de Relações Estratégicas
e Internacionais, Paris: "O ponto
não era exibir provas de armas de
destruição em massa. O que ele
deseja é expor a falta de cooperação iraquiana. Não sei se ele conseguirá convencer o mundo, mas
convencerá alguns países".
Ellie Goldsworthy, diretora do
programa das Forças Armadas
britânicas no órgão de pesquisa
de defesa Royal United Services
Institute: "Creio que os documentos ilustram o fato de que houve
violação da resolução da ONU.
Creio que muita gente estará se
sentindo inquieta hoje".
Texto Anterior: Comentário: Saddam inaugura nova "nova ordem mundial" Próximo Texto: Venezuela: Chávez anuncia controle do câmbio e processa TV Índice
|