UOL


São Paulo, quinta-feira, 06 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para analistas, apresentação deverá impressionar

DA REUTERS

Leia a seguir a reação de analistas à apresentação do secretário de Estado dos EUA ao Conselho de Segurança da ONU.
 
Barthelemy Courmont, Instituto de Relações Estratégicas e Internacionais, Paris: "Em termos de relações públicas, foi muito forte. Ele mostrou documentos que podem ser considerados incriminadores. No entanto alguns pontos continuam bastante vagos. Quando ele trata de detalhes, faz acusações sérias, com nomes e pessoas, mas não há provas. Não estou realmente convencido".
 
Pavel Felgenhauer, analista de defesa independente, Moscou: "Foi uma apresentação bastante impressionante. Algumas das idéias apresentadas dificilmente seriam consideradas aceitáveis em um tribunal... Mas ele causou a impressão certa, de que Saddam Hussein é capaz de produzir armas de destruição em massa".
 
Udo Steinbach, diretor do Instituto Alemão para Estudos do Oriente Médio: "Foi ainda menos impressionante do que se poderia imaginar. A posição dos aliados que exigem mais tempo para os inspetores saiu reforçada".
 
Volker Perthes, analista do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança, Berlim: "Há alguns fatos novos, como, por exemplo, os foguetes que estão sendo produzidos, provavelmente com alcance muito superior aos 150 quilômetros permitidos. Se há locais de produção que possam ser descobertos em fotografias tiradas por satélites, os inspetores têm condições de visitá-los, talvez ainda hoje, e verificar se essa informação é correta".
 
Tim Ripley, pesquisador do Centro de Estudos Internacionais e de Defesa, Universidade de Lancaster, Reino Unido: "Acredito que o mais interessante sejam os elos com a Al Qaeda. Mas ele [Powell] não exibiu uma única foto de lançadores de mísseis. Produziu indícios circunstanciais".
 
Jacques Beltrand, analista do Instituto de Relações Estratégicas e Internacionais, Paris: "O ponto não era exibir provas de armas de destruição em massa. O que ele deseja é expor a falta de cooperação iraquiana. Não sei se ele conseguirá convencer o mundo, mas convencerá alguns países".
 
Ellie Goldsworthy, diretora do programa das Forças Armadas britânicas no órgão de pesquisa de defesa Royal United Services Institute: "Creio que os documentos ilustram o fato de que houve violação da resolução da ONU. Creio que muita gente estará se sentindo inquieta hoje".


Texto Anterior: Comentário: Saddam inaugura nova "nova ordem mundial"
Próximo Texto: Venezuela: Chávez anuncia controle do câmbio e processa TV
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.