São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2001

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Explosão de telefone mata extremista

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um extremista islâmico morreu instantaneamente ontem quando o telefone público que ele usava explodiu em Jenin (Cisjordânia).
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) acusou Israel de comandar a morte do palestino Iyad al Hardan, membro do grupo extremista Jihad Islâmico, responsável por diversos atentados contra israelenses e contrário ao processo de paz.
"Israel é responsável por essa operação de assassinato ao instalar explosivos dentro do telefone", afirmou a ANP.
O governo de Israel não se manifestou sobre a ação.
A Rádio Israel disse que ações do extremista incluíram um atentado em Jerusalém, em 1998, que resultou na morte de dois suicidas e deixou 21 pessoas feridas.
Quando Al Hardan colocou seu cartão no telefone, o aparelho explodiu.
Palestinos acusam Israel de matar ao menos 20 ativistas desde o início da atual Intifada (levante), em 28 de setembro do ano passado. O governo israelense nega ter uma política de assassinatos.
"Vamos retaliar a morte de nossos líderes e vamos ensinar ao inimigo uma lição que não vai esquecer", disse o Jihad Islâmico.
Em uma ação similar Israel explodiu, em 1996, o extremista Yahya Ayyash, conhecido como "Engenheiro". Após o incidente, houve uma onda de ataques suicidas contra israelenses.
Al Hardan havia fugido de uma prisão palestina em outubro, pouco dias após o início da nova Intifada. Detido novamente, permanecia numa prisão e deixava o local supostamente para estudar história numa universidade.


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