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São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

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CAÇADA

Operação foi em Basra; general iraquiano é suposto mandante de massacre de curdos em 1988

Mísseis atingem casa que seria de "Ali Químico"

DA REDAÇÃO

Forças da coalizão anglo-americana atacaram ontem uma casa em Basra (sul do Iraque) que seria do general iraquiano Ali Hassan al Majid, suposto coordenador das forças paramilitares de Saddam Hussein e também conhecido como "Ali Químico".
Duas aeronaves dos EUA lançaram no local mísseis guiados por laser -não houve confirmação se "Ali Químico" estava no local no momento do ataque e se ele sobreviveu à investida.
Segundo o general americano Victor Renuart, o comando da coalizão acredita que al Majid tenha estado no hospital em Nassiriah em que a recruta dos EUA Jessica Lynch foi mantida prisioneira -ela foi resgatada pelos americanos na semana passada.
"Fomos atrás dele lá, continuamos perseguindo-o em outros lugares e faremos isso até que tenhamos certeza de que ele foi eliminado", declarou Renuart.
"Ali Químico" é primo de Saddam e responsável pela defesa do sul do Iraque. É responsabilizado pelo massacre de 100 mil curdos em 1988, atacados com gás tóxico.
Soldados do Reino Unido que cercam Basra há mais de duas semanas conseguiram avançar mais em direção ao centro da cidade, após combates nas ruas com homens do Exército iraquiano.
Fuzileiros navais e soldados britânicos da da 7ª Brigada Blindada aguardavam ordens ontem para iniciar o que seria a ofensiva final contra o centro de Basra.
Nos últimos dois dias, forças britânicas fizeram buscas em dezenas de casas que seriam de integrantes do Partido Baath, a agremiação oficial do regime de Saddam Hussein. Também foram invadidas casas que pertenceriam a paramilitares fedayin. Mais de 70 pessoas foram detidas nessas incursões recentes.
Os britânicos dizem que "não tiveram de atirar" durante essas operações de busca. "Damos um claro aviso antes de entrarmos [nas casas". Orientamos as pessoas que fiquem em suas casas. E apenas prendemos pessoas contra as quais temos indícios confiáveis", declarou o major britânico Paul Nanson.



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