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MÍDIA
Jornalistas do "Washington Post" protestam
DA REDAÇÃO
A maioria dos jornalistas, fotógrafos e infografistas do "Washington Post" se recusaram a assinar seus trabalhos publicados na edição de ontem do jornal, como
parte de um protesto contra as propostas da direção da empresa para um novo contrato coletivo de trabalho.
O contrato anterior venceu no dia 18 de maio, e as negociações estão paralisadas desde o dia 16, por desavenças em relação a correções salariais, férias, segurança e direitos trabalhistas. Os empregados não concordam com a oferta de aumento de 3,7% em três anos e a insistência da direção em instalar câmeras de vigilância em todos os recintos de sua sede.
"O jornal deveria ter vergonha de sua posição na negociação",
afirmou o co-presidente do sindicato de jornalistas de Washington-Baltimore, que representa os 1.400 empregados editoriais e comerciais do "Post".
Por conta do protesto, a primeira página de ontem do "Washington Post" teve 6 de suas 7 chamadas assinadas pela "Equipe de Redatores do Washington Post". A
única chamada assinada era de Rick Ehrmann, membro da direção.
Cerca de cem pessoas protestaram ontem na porta da sede do jornal, com cartazes e palavras de ordem. "Quem faz o Post? Nós!", gritavam os manifestantes, acompanhados de um amendoim gigante com os dizeres: "Amendoins não pagam o aluguel".
"Os jornalistas têm o direito de não publicar suas assinaturas",
disse a vice-presidente da empresa, Patricia Dunn, em um comunicado. "Nossa preocupação seguirá centrada em resolver os problemas contratuais que estão
na mesa de negociações", disse.
O "Washington Post" é o quinto jornal de maior circulação nos EUA, com tiragem média de 775 mil exemplares diários.
Com agências internacionais
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