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Americanos fazem megaofensiva contra milícia xiita
DA REDAÇÃO
Os EUA fizeram ontem sua
maior ofensiva na região de Najaf,
cidade sagrada para os xiitas, desde o início das tensões com a milícia do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, há um mês. No pior
confronto, 41 insurgentes morreram, segundo os americanos.
Apesar da intensificação dos
combates contra o Exército Mehdi, fiel a Al Sadr, o comando dos
EUA evitou invadir a cidade -o
que poderia provocar um levante
de grande proporção no país, majoritariamente xiita.
Al Sadr está entrincheirado em
Najaf, onde se situam alguns dos
templos mais importantes para os
xiitas. Na ação de ontem, os EUA
retomaram o prédio do governador regional, que os seguidores de
Al Sadr haviam ocupado no início
de abril. Embora não tenha havido resistência à retomada, após a
ação insurgentes dispararam tiros
do topo de alguns prédios e casas.
Nove civis foram feridos.
O chefe da administração americana no Iraque, Paul Bremer, já
nomeou um novo governador para a região, Adnan al Zurufi.
Também houve combates, pelo
segundo dia consecutivo, em um
cemitério nos arredores da cidade
sagrada. À noite, os milicianos
atacaram com morteiros a base
dos EUA no local, e os soldados
responderam a tiros. A operação
foi acompanhada por jatos.
Mas o embate mais sangrento
teve lugar em Kufa, onde os americanos mataram ao menos 41
membros do Exército Mehdi. O
saldo foi divulgado pelos militares, e não foram dados detalhes.
Nenhum soldado morreu.
Em Karbala, seguidores de Al
Sadr emboscaram soldados dos
EUA perto de um dos principais
templos da cidade. Os americanos
revidaram com tiros e, segundo
relatos citados pela agência de notícias Associated Press, atingiram
quatro ônibus de peregrinos paquistaneses. Segundo esses relatos, "três ou quatro" peregrinos
morreram. Não há confirmação.
Mais ao sul, em Nassiriah, soldados italianos entraram em confronto com insurgentes, matando
três deles. Um soldado foi ferido.
Seqüestro e recompensa
A TV Al Arabiya, sediada em
Dubai, exibiu ontem imagens de
um suposto refém americano
capturado por insurgentes iraquianos. No vídeo, um homem
vendado descrito como iraquiano-americano se identifica como
Aban Elias e diz ser de Denver.
"Sou um engenheiro civil trabalhando em Bagdá", afirma o cativo. Um comunicado de um grupo
autodenominado Brigada da Fúria Islâmica, até então desconhecido, afirma que Elias foi seqüestrado no último dia 3. Nenhuma
exigência foi feita.
Um website divulgou um comunicado atribuído a Osama bin
Laden, o líder da organização terrorista Al Qaeda, em que são oferecidas recompensas em ouro
(equivalentes a US$ 125 mil) pela
morte de autoridades americanas
e funcionários da ONU no Iraque.
A autenticidade do documento
não pôde ser comprovada.
Também ontem, o Senado americano ratificou John Negroponte,
atual representante de Washington na ONU, como o novo embaixador dos EUA no Iraque.
Com agências internacionais
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