São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2007

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Alemanha busca outros suspeitos de terror

Após prender três acusados de planejar ataques, país investiga rede internacional com mais sete pessoas

DA REDAÇÃO

Após prender três pessoas anteontem, as forças de segurança alemãs tentam agora determinar se o complô terrorista que afirmam ter frustrado envolvia uma rede internacional de ao menos dez pessoas, incluindo homens de origem estrangeira residentes no país.
Um porta-voz da promotora federal Monika Harms afirmou que ela investiga sete outros suspeitos para estabelecer supostos elos com os três detidos na Alemanha na última terça-feira, acusados de planejar explodir bombas contra alvos americanos no país "sob ordem de uma rede internacional".
Segundo August Hanning, vice-ministro do Interior, os novos suspeitos estão em vários países e incluem alemães, turcos e outras nacionalidades.
Os presos -dois alemães convertidos ao islamismo e um turco- pertencem ao grupo sunita União da Jihad Islâmica, ligado à rede terrorista Al Qaeda, e freqüentaram campos de treinamento para terroristas paquistaneses em 2006. Segundo investigadores alemães, Fritz G., 28, Adem Y., 28, e Daniel S., 21, aprenderam a produzir bombas e entraram em contato com radicais islâmicos nos campos de treinamento.
Os indícios de que eles provavelmente tinham cúmplices foram divulgados em meio à pressão para que Berlim aprove leis criminalizando visitas a campos terroristas no Paquistão -onde acredita-se que a Al Qaeda venha se fortalecendo, sobretudo na fronteira com o Afeganistão- e em outros países. No Reino Unido, ir a campos de treinamento terroristas já é considerado crime.
Brigitte Zypries, ministra da Justiça, afirmou que pretende apresentar uma proposta de lei sobre o tema "em um futuro próximo", mas destacou a dificuldade de encontrar base legal para acusar suspeitos sem outras provas.
A discussão sobre a adequação das leis antiterror alemãs deve dominar uma reunião hoje no país entre os ministros do Interior federal e locais.


Com "Financial Times" e agências internacionais


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