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São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2003

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RÚSSIA

Para Washington, o pleito não foi suficientemente livre nem justo para contribuir para a busca da paz

EUA criticam processo eleitoral na Tchetchênia

DA REDAÇÃO

Os EUA e o Reino Unido expressaram ontem preocupação com o resultado da eleição para presidente (governador) da Tchetchênia, vencida pelo candidato apoiado pelo Kremlin -Akhmad Kadyrov.
Sua vitória foi confirmada ontem por autoridades eleitorais tchetchenas. Com 77% dos votos apurados, Kadyrov contava com a preferência de 81,1% dos eleitores, não havendo mais a possibilidade de ele não vencer no primeiro turno, segundo autoridades eleitorais locais. Com 50% dos votos mais um, qualquer candidato venceria no primeiro turno.
Para os EUA, o pleito na Tchetchênia foi uma oportunidade desperdiçada, já que não foi suficientemente livre nem justo para contribuir para o processo de paz na república russa. A eleição era vista como o ponto alto do plano de paz de Moscou para a região.
O governo britânico disse que Kadyrov terá de mostrar-se comprometido com o processo de abertura política. Porém Londres disse apoiar os esforços do presidente Vladimir Putin, embora tenha reconhecido que a saída militar não é a mais apropriada.
Organizações de defesa dos direitos humanos criticaram a eleição na Tchetchênia, classificando-a de uma farsa. Afinal, o único candidato que tinha chance de vencer Kadyrov, Malik Saidullayev, foi afastado da eleição pela Suprema Corte russa por conta de problemas com sua inscrição.
Acusando Moscou de controlar a eleição tchetchena, nenhuma organização internacional foi à região para monitorar a votação. Mesmo assim, Moscou defendeu a eleição de Kadyrov.
O premiê francês, Jean-Pierre Raffarin, esteve ontem em Moscou, mas não mencionou a eleição tchetchena durante uma reunião com Putin. A oposição francesa criticou duramente a atitude do premiê.


Com agências internacionais


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