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São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003

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Japão reforça defesa da ONU no pós-guerra

DA REDAÇÃO

Com um comunicado conjunto, a China -que se opôs à ação militar no Iraque - e o Japão -que apóia a coalizão anglo-americana- reforçaram ontem o grupo de países que exige para a ONU o papel central na reconstrução iraquiana. As adesões isolam ainda mais os EUA, para quem a organização deve ter funções humanitárias enquanto a coalizão gerencia o processo.
A chanceler japonesa, Yoriko Kawaguchi, e o secretário de Estado chinês, Tang Jiaxuan, discutiram o assunto ontem em Pequim. O Japão prosseguirá com o debate na Europa, para onde a ministra viaja, em busca de "uma fórmula aceitável internacionalmente".
O chanceler mexicano, Luis Ernesto Derbéz, cujo país preside o Conselho neste mês, declarou que não quer que a organização "se transforme na Cruz Vermelha".
Derbéz, que está em Madri, acredita que a ocasião deva ser usada para fortalecer a ONU e rever o papel do Conselho, evocando inclusive o apoio do Brasil, cuja posição é semelhante.
Na última sexta-feira, a reconstrução do Iraque foi tema de um encontro em Paris entre os ministros das Relações Exteriores da França, da Alemanha e da Rússia. Os três países lideraram a oposição à guerra, mas sua visão de que a ONU é a única instituição legítima para administrar a reconstrução é compartilhada mesmo por governos que se aliaram aos EUA.
Além do Japão e da Itália, o premiê britânico, Tony Blair, prometeu defender a questão junto ao presidente americano, George W. Bush, na cúpula que os dois iniciaram ontem. Também Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuait, Omã e Qatar-aliados dos EUA- teriam declarado, segundo a Agência de Notícias do Kuait, que a ONU deve "agir efetivamente para garantir o futuro do Iraque, sua soberania, a integridade do seu território e a segurança da população".


Com agências internacionais


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