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Japão reforça defesa
da ONU no pós-guerra
DA REDAÇÃO
Com um comunicado conjunto, a China -que se opôs à ação
militar no Iraque - e o Japão
-que apóia a coalizão anglo-americana- reforçaram ontem o
grupo de países que exige para a
ONU o papel central na reconstrução iraquiana. As adesões isolam ainda mais os EUA, para
quem a organização deve ter funções humanitárias enquanto a
coalizão gerencia o processo.
A chanceler japonesa, Yoriko
Kawaguchi, e o secretário de Estado chinês, Tang Jiaxuan, discutiram o assunto ontem em Pequim.
O Japão prosseguirá com o debate
na Europa, para onde a ministra
viaja, em busca de "uma fórmula
aceitável internacionalmente".
O chanceler mexicano, Luis Ernesto Derbéz, cujo país preside o
Conselho neste mês, declarou que
não quer que a organização "se
transforme na Cruz Vermelha".
Derbéz, que está em Madri,
acredita que a ocasião deva ser
usada para fortalecer a ONU e rever o papel do Conselho, evocando inclusive o apoio do Brasil, cuja posição é semelhante.
Na última sexta-feira, a reconstrução do Iraque foi tema de um
encontro em Paris entre os ministros das Relações Exteriores da
França, da Alemanha e da Rússia.
Os três países lideraram a oposição à guerra, mas sua visão de que
a ONU é a única instituição legítima para administrar a reconstrução é compartilhada mesmo por
governos que se aliaram aos EUA.
Além do Japão e da Itália, o premiê britânico, Tony Blair, prometeu defender a questão junto ao
presidente americano, George W.
Bush, na cúpula que os dois iniciaram ontem. Também Arábia
Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuait, Omã e Qatar-aliados dos EUA- teriam
declarado, segundo a Agência de
Notícias do Kuait, que a ONU deve "agir efetivamente para garantir o futuro do Iraque, sua soberania, a integridade do seu território
e a segurança da população".
Com agências internacionais
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