DA REDAÇÃO

O cardeal nigeriano Francis Arinze, 72, aparece entre os principais cotados nas listas de especialistas sobre os "papáveis". Extremamente cordial, é conhecido por circular com desenvoltura pela Cúria Romana.
Especialista em islã, Arinze liderou de 1985 a 2002 o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, o que o torna um bom candidato para os que acreditam que a igreja deva continuar o diálogo com outras religiões encetado por João Paulo 2º, o primeiro papa a entrar numa mesquita e numa sinagoga. Chefiou a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Arinze se converteu ao catolicismo aos 9 anos de idade. Ele apoiou João Paulo 2º em suas posições contra o aborto, os anticoncepcionais e a ordenação de mulheres e é considerado um conservador. Para alguns analistas, a exemplo de João Paulo 2º, que enfrentou o comunismo, Arinze seria um papa com condições de enfrentar a expansão do islamismo.
Caso seja eleito, Arinze não será o primeiro papa africano. Segundo os registros do Vaticano, três africanos ocuparam a posição: Vitor 1º (189-199), Melquíades ou Militiades (311-314) e Gelásio (492-496), que nasceu em Roma, mas tinha ascendência africana.


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