DO ENVIADO ESPECIAL A ROMA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá encontrar-se hoje com o chefe do Legislativo cubano, Ricardo Alarcón, dias depois que o arcebispo do Rio, cardeal d. Eusébio Oscar Scheid criticou duramente a proximidade do governo brasileiro com o cubano. E irá encontrar-se em Roma, onde o Colégio de Cardeais, do qual d. Eusébio faz parte, está se preparando para escolher o novo papa.
Não é provocação, afirma a assessoria do Planalto. Segundo ela, o encontro foi pedido por Alarcón antes da polêmica aberta por d. Eusébio, que havia classificado Lula e o ditador cubano, Fidel Castro, de "dois bobocas". O cardeal também questionou os feitos da esquerda mundial, citando nominalmente a ilha governada pelo amigo pessoal do presidente brasileiro -a quem chamou de "caótico", e não "católico".
Lula também terá outros dois encontros, com o presidente austríaco, Heinz Fischer, e com o de Moçambique, Armando Guebuza. O petista ficará hospedado no palácio Doria Pamphili, na praça Navona, centro romano. O palácio é sede da Embaixada do Brasil e abriga a residência do embaixador -o ex-presidente Itamar Franco, que já anunciou que está deixando o cargo. Também ficarão no palácio a primeira-dama Marisa Letícia e o chanceler Celso Amorim. (IGOR GIELOW)


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