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SAIBA MAIS
Batalha de Moscou é símbolo da resistência
DO ENVIADO ESPECIAL A MOSCOU
Embora não seja tão conhecida no Ocidente quanto
o cerco de Stalingrado, a batalha de Moscou, travada sobretudo em 1941, é vista pelos russos como um dos
pontos mais importantes da
Segunda Guerra Mundial, já
que as tropas nazistas chegaram a só "algumas dezenas
de quilômetros" da capital
da então URSS.
O outono e o inverno setentrionais de 1941 testemunharam a construção de fortes mecanismos de defesa
nos arredores e dentro de
Moscou. Ruas foram bloqueadas com cercas e barricadas, metralhadoras foram
colocadas em imóveis estratégicos, e várias fábricas foram esvaziadas, enquanto
outras foram transferidas
para locais menos visados.
No início de outubro de
1941, tanques alemães conseguiram ultrapassar a linha
Rzhev-Vyazma e chegaram
a cerca de 85 km da capital.
Aeronaves alemãs dominavam o espaço aéreo a oeste
de Moscou, e as tropas soviéticas foram obrigadas a recuar. Até meados de outubro de 1941, por volta de 2
milhões de moscovitas já tinham deixado a cidade.
Mesmo assim, uma contra-ofensiva soviética, ao lado das péssimas condições
climáticas -que transformaram as estradas em lodaçais-, conseguiu retardar o
avanço nazista.
Numa tentativa de chegar
a Moscou antes da pior parte
do inverno, os alemães lançaram uma outra ofensiva,
em 16 de novembro, na estrada entre Kalinin e Volokolamsk e, poucos dias depois, tomaram a cidade de
Istra, 40 km a oeste da capital. Apesar de graves perdas
em dois dias de combates,
voluntários moscovitas contiveram os nazistas a uma
distância segura da capital.
Finalmente, em 5 de dezembro de 1941, as tropas soviéticas (majoritariamente
russas nos arredores de
Moscou), o terrível inverno e
a falta de combustível compeliram os alemães a parar
sua ofensiva. No dia seguinte, o marechal Georgy Zhukov liderou uma contra-ofensiva, e, até meados do
mesmo mês, as cidades de
Kalinin, Klin, Istra e Yelets,
situadas perto da capital, foram retomadas pelos soviéticos após intensos e sangrentos combates.
Aeronaves alemãs bombardearam a capital soviética 141 vezes durante a guerra. Mais de 8.000 delas foram
usadas nas ofensivas, entretanto apenas 229 conseguiram atingir o espaço aéreo
moscovita. Nos dias mais
movimentados da batalha
de Moscou, o sistema de defesa antiaérea soviético conseguiu abater até 40 aviões
alemães. No total, 1.300 deles
foram destruídos durante os
combates dessa batalha.
Os alemães utilizaram
bombas de demolição de até
mil quilos e bombas incendiárias contra a capital soviética. No total, por volta de
1.600 bombas de demolição
e de 100 mil incendiárias foram lançadas sobre a cidade
entre os últimos meses de
1941 e meados de 1942. Pelo
menos 650 mil civis soviéticos fizeram parte das unidades de defesa.
Houve por volta de 45 mil
incêndios em Moscou durante a guerra, a maioria
controlada por brigadas civis. Para os menos preparados para a dureza dos combates, cerca de 2.000 abrigos
foram edificados, e as estações subterrâneas do metrô
da cidade se tornaram locais
de apoio aos feridos. (MSM)
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