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São Paulo, domingo, 08 de junho de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Primeiro-ministro destaca elos culturais e pretende que seu país seja trampolim para produtos brasileiros

Líbano oferece mercado árabe ao Brasil

DA REDAÇÃO

O Líbano pode ser a porta de entrada para o Brasil conquistar o mercado consumidor árabe, segundo o premiê libanês, Rafik Hariri. Em viagem de quatro dias ao Brasil, Hariri pretende incrementar as relações entre os dois países, por meio da redução de tarifas bilaterais e parcerias nas áreas de tecnologia, indústria e agricultura.
"Pretendo incentivar empresários brasileiros a investir no Líbano e quero oferecer nosso país como trampolim para os países do Oriente Médio e da Ásia", disse Hariri, que chegaria a São Paulo ontem, em entrevista à Folha.
Para defender a importância do Líbano para o Brasil ganhar mercado no Oriente Médio, Hariri utilizou a relação histórica existentes entre os dois países.
"O Brasil e Líbano têm uma longa tradição de laços de amizade. Os primeiros libaneses chegaram ao Brasil no final do século 19 fugindo das perseguições do Império Otomano. Rapidamente se sentiram em casa, e, no Brasil estabeleceu-se a maior colônia libanesa do mundo", disse o premiê.
Segundo ele, há cerca de 6 milhões de descendentes de libaneses no Brasil (estimativas falam em até 9 milhões). "E nós só temos 4 milhões de habitantes", afirmou Hariri.
Ele disse que há uma grande influência de brasileiros, descendentes de libaneses, que foram viver no Líbano. "Hoje, o português é a quarta língua mais falada no Líbano, depois do árabe, do francês e do inglês", afirmou.
Roteiro
Hariri participará, em São Paulo, de uma conferência reunindo empresários libaneses de todo o mundo e inaugurará uma exposição de fotos de Beirute no shopping Iguatemi.
O premiê também se reunirá nesta semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e com a prefeita da capital, Marta Suplicy (PT).
O presidente brasileiro será convidado por Hariri para visitar o Líbano, segundo afirmou o premiê na entrevista.
(GUSTAVO CHACRA)


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