São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008

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Bogotá critica Correa por declarações sobre reféns

Rusga sucede acordo para retomar relações bilaterais

DA REDAÇÃO

O chanceler colombiano, Fernando Araújo, pediu ontem respeito ao princípio da não-intervenção em assuntos internos do país em resposta a declarações do presidente equatoriano, Rafael Correa, de que buscará um acordo para a libertação dos reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) mesmo sem o aval de Bogotá.
As arestas entre os dois países voltaram a aparecer um dia depois de seus governos anunciarem o restabelecimento da relação diplomática bilateral, rompida por Quito após o ataque de Bogotá a um acampamento das Farc em solo equatoriano, em 1º de março. O entendimento foi avalizado pelo ex-presidente americano, Jimmy Carter (1977-1981).
"Estamos em processo de reconstrução das relações diplomáticas. O que podemos fazer é um chamado à reflexão de todos os governos pelo respeito dos princípios de não-intervenção", disse o chanceler colombiano, que sustenta que qualquer ação para mediar a libertação dos reféns deve ter o consentimento de seu governo.
Ontem, em seu programa de rádio semanal, o presidente Rafael Correa disse que atuará para para libertar civis e "prisioneiros de guerra" das Farc. "Somos um país soberano e a ninguém vamos pedir permissão para uma ação humanitária, que está em completa coincidência com os nossos princípios", afirmou Correa.
A retomada da relação diplomática entre os países começará com a troca de encarregados de negócios, primeiro passo para o reenvio de embaixadores. Mas a chanceler equatoriana, Maria Isabel Salvador, disse ontem que a etapa é apenas "formal" e "secundária" e que o problema de fundo é restabelecer a "confiança".


Com agências internacionais


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