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Bogotá critica Correa por declarações sobre reféns
Rusga sucede acordo para retomar relações bilaterais
DA REDAÇÃO
O chanceler colombiano,
Fernando Araújo, pediu ontem
respeito ao princípio da não-intervenção em assuntos internos do país em resposta a declarações do presidente equatoriano, Rafael Correa, de que
buscará um acordo para a libertação dos reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias
da Colômbia) mesmo sem o
aval de Bogotá.
As arestas entre os dois países voltaram a aparecer um dia
depois de seus governos anunciarem o restabelecimento da
relação diplomática bilateral,
rompida por Quito após o ataque de Bogotá a um acampamento das Farc em solo equatoriano, em 1º de março. O entendimento foi avalizado pelo ex-presidente americano,
Jimmy Carter (1977-1981).
"Estamos em processo de reconstrução das relações diplomáticas. O que podemos fazer é
um chamado à reflexão de todos os governos pelo respeito
dos princípios de não-intervenção", disse o chanceler colombiano, que sustenta que qualquer ação para mediar a libertação dos reféns deve ter o consentimento de seu governo.
Ontem, em seu programa de
rádio semanal, o presidente Rafael Correa disse que atuará para para libertar civis e "prisioneiros de guerra" das Farc. "Somos um país soberano e a ninguém vamos pedir permissão
para uma ação humanitária,
que está em completa coincidência com os nossos princípios", afirmou Correa.
A retomada da relação diplomática entre os países começará com a troca de encarregados
de negócios, primeiro passo para o reenvio de embaixadores.
Mas a chanceler equatoriana,
Maria Isabel Salvador, disse
ontem que a etapa é apenas
"formal" e "secundária" e que o
problema de fundo é restabelecer a "confiança".
Com agências internacionais
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