São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011 |
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Opositora, blogueira lésbica desaparece em Damasco Professora de inglês ganhou projeção mundial ao escrever sobre suas experiências no regime ditatorial sírio COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Amina Arraf, 34, é lésbica, muçulmana, opositora do ditador Bashar Assad, vive na Síria e ganhou projeção mundial com o blog "A Gay Girl in Damascus" (uma menina gay em Damasco), em que conta suas experiências em um país autoritário, escreve poemas e fala sobre alguns tabus. A blogueira, que também é professora de inglês, está desaparecida desde anteontem, quando estava a caminho de um encontro com envolvidos no protesto. Um post publicado por sua prima no blog diz que Amina foi sequestrada por três homens armados e colocada em um carro com um adesivo do irmão do ditador Assad. A testemunha, que não conseguiu anotar a placa do carro, disse que os homens estavam armados. Essa não teria sido a primeira vez que partidários do regime tentaram levar Amina. O post que a deixou conhecida -"My father, my hero" (meu pai, meu herói)- relata a visita de dois membros das forças de segurança que vieram buscá-la. Em abril, seu pai conseguiu convencê-los a não levar a filha. "Meu pai os derrotou não com armas, mas com palavras", escreveu. Hoje, o pai a procura. "Há ao menos 18 polícias na Síria, além de inúmeras milícias e gangues. Não sabemos quem a levou, então não sabemos a quem pedir para recuperá-la", diz a prima no blog. A família não acredita que ela tenha sido morta, pois, "se quisessem, já teriam feito isso antes". Mas acreditam que ela, que tem dupla cidadania -americana e síria-, deva ser deportada. No Facebook, a página Free Amina Abdallah (libertem Amina Abdallah) já contava com mais de 8.560 seguidores na tarde de ontem. DEMISSÃO A embaixadora síria em Paris, Lamia Chakkour, teria pedido demissão no canal de TV France 24, em um episódio misterioso. O governo sírio negou o pedido de demissão, dizendo que aquela não era a sua diplomata. Texto Anterior: Bombardeio da Otan na Líbia mata ao menos 31 Próximo Texto: Europa dá R$ 350 mi para indenizar agricultores Índice | Comunicar Erros |
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