São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Superior de demitido nega a informação

Arafat demite chefe de inteligência na Cisjordânia, dizem autoridades

DA REDAÇÃO

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, demitiu ontem o chefe do serviço de inteligência militar palestino na Cisjordânia, Tawfic Tirawi, dando sequência à reforma no seu setor de segurança, segundo autoridades palestinas.
Mas Amin al-Hindi, chefe geral da segurança nos territórios palestinos e superior de Tirawi na ANP, negou a informação.
Arafat já havia ordenado anteriormente a saída de Jibril Rajoub, chefe da segurança palestina na Cisjordânia, e de Ghazi Jibali, chefe da polícia na faixa de Gaza. Autoridades palestinas afirmaram para a rádio Israel que Arafat deve substituir ainda 12 comandantes da área de segurança.
A iniciativa do líder palestino seria motivada tanto por pressões de Israel e dos Estados Unidos, que exigem reformas no seu aparato de segurança, como por problemas internos da ANP.
Insatisfeitos com as mudanças, seis autoridades de segurança palestinas disseram em encontro com Arafat anteontem que não aceitam a indicação de Zuhair Manasreh para a chefia de segurança na Cisjordânia e pediram o retorno de Rajoub.
Em Hebron, cerca de 300 manifestantes realizaram ato pró-Rajoub, carregando cartazes em apoio ao ex-chefe de segurança e contrários a Manasreh.
Tirawi, que teria sido demitido ontem, era tido como um moderado até a semana passada, sendo descrito até mesmo como um "cavalheiro" por autoridades de Israel. Porém o Shin Bet (serviço de segurança interno israelense) informou que ele teria dado fuzis Kalashnikov para terroristas treinados pelo Iraque. Os palestinos não confirmaram a versão.
Na faixa de Gaza, quatro palestinos armados tentaram se aproximar de um assentamento judaico e trocaram tiros com militares israelenses. Dois dos palestinos se renderam e outros dois conseguiram fugir.
O premiê de Israel, Ariel Sharon, disse ontem que foram feitos grandes progressos no combate "aos terroristas palestinos". Nos últimos 16 dias, não aconteceram atentados. Nesse período, 30 palestinos foram mortos nas ações de Israel na Cisjordânia em resposta a atentados que deixaram 31 israelenses mortos em junho.


Com agências internacionais

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