São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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Finalidade do colégio eleitoral é dar peso para os Estados menores

DA REDAÇÃO

Ao redigir a Constituição dos Estados Unidos, em 1787, os "Founding Fathers" estavam preocupados com a possibilidade de que, num país de grande extensão e comunicações incipientes, candidatos de Estados pequenos não tivessem condições de tornar seus nomes conhecidos nacionalmente e acabassem sempre derrotados por adversários de Estados populosos.
Por isso elaboraram um mecanismo que procuraria equilibrar o poder dos Estados e pelo qual o presidente seria escolhido de forma indireta.
Apesar de ser basicamente o mesmo, esse sistema sofreu uma série de modificações ao longo do tempo. Atualmente, cada Estado tem direito a uma representação no colégio eleitoral de acordo com o número de parlamentares que têm no Senado (dois) e na Câmara dos Deputados (que é proporcional ao tamanho de sua população).
Com exceção de Maine e Nebraska, que adotam um sistema misto (proporcional e majoritário), os representantes dos Estados no colégio eleitoral são escolhidos pela regra "o-vencedor-leva-tudo": por exemplo, o candidato a presidente que ganhar a eleição na Califórnia fica com todos os 55 votos do Estado no colégio eleitoral, independentemente de ter vencido com uma diferença de um ou 5 milhões de votos.
Pela tradição americana, a eleição presidencial é sempre marcada para a primeira terça-feira do mês de novembro. A votação no colégio eleitoral é realizada nas Assembléias estaduais na segunda-feira após a segunda quarta-feira de dezembro. No dia 6 de janeiro, a apuração é feita no Congresso. O vencedor assume a Presidência no dia 20.


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