São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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Atuais pesquisas são ferramenta deficiente

DA REDAÇÃO

As constantes pesquisas divulgadas pela mídia não são uma ferramenta segura para indicar quem será o presidente dos EUA mesmo que tenham uma margem de erro igual a zero.
Como não importa saber quem tem mais votos em todo o país -vide a disputa Al Gore x George W. Bush-, é preciso descobrir quem vai vencer em cada um dos 50 Estados. Para tanto, os institutos de pesquisa teriam de fazer não uma pesquisa nacional, mas 50 pesquisas de âmbito estadual.
Isso implica um grande aumento de custos: apesar de bastar a opinião de mil entrevistados para se saber a tendência do conjunto do eleitorado, não dá para dividir esses mil por 50 e pegar 20 pessoas em cada Estado. O ideal seria falar com 50 mil pessoas -mil em cada um dos 50 Estados.
Na semana passada, o instituto Zogby, em parceria com o "Wall Street Journal", divulgou um conjunto de pesquisas feitas em 16 Estados-pêndulo. Com metodologia não tão rigorosa -as pessoas não foram escolhidas aleatoriamente por telefone, mas selecionadas a partir de voluntários que se ofereceram pela internet-, o Zogby chegou à conclusão de que John Kerry venceria George W. Bush no colégio eleitoral com uma diferença de 98 votos.


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