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França diz que ajudará na ação militar
ALCINO LEITE NETO
DE PARIS
Forças francesas deverão participar das operações militares iniciadas ontem pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido contra o
Afeganistão, disse o presidente
francês, Jacques Chirac.
Os países da União Européia
apoiaram em bloco o ataque e
prometeram apoio aos EUA.
A França já havia liberado seu
espaço aéreo para aeronaves militares dos EUA, e Chirac afirmou
que navios franceses estão fornecendo apoio logístico às tropas
americanas no oceano Índico.
Em pronunciamento na TV,
Chirac afirmou que o objetivo das
operações é punir os culpados pelos atentados nos EUA. "Nossas
forças irão participar dessa ação",
disse.
Chirac afirmou ainda que, nos
últimos dias, os EUA haviam intensificado seus pedidos para que
a França participasse ativamente
da ação contra o Taleban.
Na Alemanha, medidas de segurança máxima foram deflagradas
logo após o chanceler (premiê)
Gerhard Schröder ter sido informado, também pelo próprio
Bush, da primeira investida militar contra o Taleban.
Em um pronunciamento feito à
noite, o social-democrata Schröder voltou a declarar "total solidariedade" aos EUA, apoiando os
ataques. Afirmou que soldados
alemães não participaram das
operações de ontem mas reiterou
que, se requisitada, a Alemanha
daria apoio militar aos EUA.
Como a França, a Alemanha já
havia liberado aeroportos e seu
espaço aéreo para forças americanas. Pilotos alemães participarão
em manobras em aviões de reconhecimento do tipo Awac, para
proteger o espaço aéreo dos EUA.
"Precisamos vencer esta luta e vamos vencer, não há outra alternativa", disse Schröder.
Afirmando que se trata de uma
luta contra o terrorismo internacional e não contra o povo afegão,
o chanceler acrescentou que a
Alemanha continuará participando das ações humanitárias no
Afeganistão, assim como dos "esforços políticos" que estão sendo
feitos no sentido de diminuir os
conflitos no Oriente Médio.
A União Européia (UE) também manifestou seu apoio à ofensiva contra o Afeganistão. "Quero
reafirmar nossa inteira solidariedade com os EUA e o Reino Unido e com outros países comprometidos com essas operações no
Afeganistão", disse o premiê belga, Guy Verhofstadt, cujo país
ocupa presidência rotativa da UE.
Já Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália, disse que seu
país "está do lado dos Estados
Unidos e de todos aqueles que estão comprometidos com a luta
contra o terrorismo". Ele foi informado sobre o início da ofensiva por Dick Cheney, vice-presidente dos EUA. As forças de segurança italianas estão em estado de
alerta, mas a Itália não foi solicitada a participar nas ações iniciais
da ofensiva militar.
Colaborou Silvia Bittencourt, de Berlim
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