São Paulo, segunda-feira, 08 de outubro de 2001

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Aumenta tensão entre árabes na tríplice fronteira

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Aumentou a apreensão na comunidade muçulmana da tríplice fronteira -Brasil, Paraguai e Argentina- com os ataques dos EUA.
Líderes da comunidade em Ciudad del Este (Paraguai) e Foz do Iguaçu (Brasil) ouvidos ontem temem que cresça a pressão sobre os muçulmanos da região. A comunidade árabe de Foz tem atualmente entre 10 mil e 12 mil integrantes, incluindo descendentes.
Desde os atentados terroristas nos EUA, em 11 de setembro, 19 muçulmanos foram presos em Ciudad del Este (fronteira paraguaia com o Brasil) e em Encarnación (fronteira entre Paraguai e Argentina).
Embora a Justiça paraguaia não tenha conseguido formalizar nenhuma acusação de envolvimento dos presos com o terrorismo, 15 deles continuam detidos em Assunção.
A preocupação da comunidade é que prisões como as que ocorreram na última quarta-feira em Ciudad del Este se tornem rotina. As Fope (Forças de Operação da Polícia Especializada) prenderam os libaneses Saleh Fayad e Mazen Faleh na loja Apolo, no centro. Presos sem acusação formal, eles são funcionários de Assad Ahmad Mohamad Barakat, apontado em relatório da Polícia Federal do Brasil como suposto dirigente do Hizbollah, grupo terrorista com base no Líbano.


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