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"Governo apóia gays', diz ativista
de Londres
O governo trabalhista britânico é
considerado, por grupos de defesa
da comunidade homossexual, como um dos que mais avançaram
em relação ao homossexualismo.
Tem, pelo menos, seis deputados
e um ministro -Chris Smith, para
a Cultura e o Esporte- assumidamente homossexuais.
O governo já tem pronto um projeto de lei que prevê a redução da
idade mínima para manter relações homossexuais legais de 18 para 16 anos.
"A sociedade está se tornando
mais aberta. Esse governo apóia
muito mais a comunidade gay,
mas ainda há um longo caminho
pela frente", diz Mark Watson, 32,
do Stonewall, um grupo de defesa
dos direitos de homossexuais.
Para ele, a especulação da mídia
sobre os motivos que levaram Ron
Davies a renunciar ao cargo de secretário de Estado para o País de
Gales mostra claros indícios de
preconceito da sociedade.
David Ellison, 63, de uma outra
organização voltada para homossexuais, o OutRage, discorda. Acha
que Davies deu margem para as especulações ao não se explicar, o
que não justifica a abordagem dada pelos tablóides que, diz, "sempre passam dos limites".
Quanto a Mandelson, Ellison diz
que sua homossexualidade nunca
foi segredo no círculo político. "Ele
só não faz disso algo público, o que
é compreensível", diz.
A censura da BBC nesse caso, para ele, é lamentável. "As pessoas
não se importam. Os deputados
que se assumiram gays não tiveram nenhum problema em suas
carreiras", diz Watson.
Lorde Tebbit, o político conservador que veio a público sugerir
que os homossexuais sejam banidos de cargos governamentais importantes, "é uma voz do passado", dizem os ativistas gays. "Ele
está falando bobagem", afirma
Ellison.
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