São Paulo, domingo, 8 de novembro de 1998

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PÓS-ATENTADO

Arafat ordena ação contra extremistas

das agências internacionais

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) prendeu ontem ativistas do grupo extremista palestino Jihad Islâmica, numa ofensiva contra organizações contrárias ao acordo de paz assinado com Israel no mês passado.
Dois militantes do grupo Jihad morreram sexta-feira em atentado a bomba realizado num mercado em Jerusalém, a capital israelense. O ataque deixou 21 feridos.
O atentado levou o governo israelense a congelar, por tempo indeterminado, o processo de ratificação do acordo alcançado com intermediação dos Estados Unidos. O tratado prevê a retirada de Israel de 13% da Cisjordânia, em troca de garantias de segurança da ANP, que é presidida por Iasser Arafat.
Arafat condenou o ataque e afirmou que a ANP vai ampliar sua ofensiva contra o grupos fundamentalistas contrários ao acordo de paz, como o Hamas e a Jihad. As autoridades palestinas não divulgaram o número de pessoas detidas ontem.
Os EUA afirmaram que o governo de Israel deve retomar "rapidamente" as discussões que visam ratificar o acordo de paz.
Avigdor Kalahani, ministro israelense da Segurança Pública, disse que, embora não haja um prazo para a retomada do debate, seu governo deverá fazê-lo "em breve". Kalahani disse que as autoridades de Israel mantêm contatos com a Casa Branca e autoridades palestinas, a fim de evitar o colapso do atual processo de paz.



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