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Saddam não morreu em ação, dizem britânicos
DA REDAÇÃO
O ditador iraquiano, Saddam Hussein, sobreviveu a
um bombardeio contra um
prédio em área residencial
de Bagdá anteontem à noite,
disseram fontes da inteligência britânica ao jornal inglês
"The Guardian".
Segundo as fontes, Saddam provavelmente não estava mais no prédio no momento do ataque, mas pode
ter estado antes no local.
A informação de que Saddam e seus filhos Uday e Qusay estariam no prédio teria
sido obtida pela CIA (serviço
de inteligência iraquiano) de
uma fonte próxima à liderança iraquiana.
Os EUA afirmaram que
não tinham como confirmar
se Saddam havia sido atingido no ataque. "Não sei se ele
sobreviveu. Só sei que está
perdendo o poder", disse o
presidente George W. Bush,
em Belfast.
O ataque foi realizado por
um bombardeiro B-1 dos
EUA que atingiu o alvo 12
minutos depois de ser informado da possível entrada de
Saddam no prédio.
"Esse é o número 1", disse
a voz do controlador de vôo
para o piloto do B-1 que sobrevoava Bagdá, ao avisar
que seu alvo era Saddam.
Quatro bombas de alto poder destrutivo, capazes de
penetrar em bunkers, foram
lançadas.
Ao menos 40 altos funcionários do regime estariam
num bunker atrás do prédio
atingido, conectado a um
restaurante. O Iraque disse
que apenas civis morreram
no ataque -até 14- e que
nenhum seria da liderança
iraquiana.
Decapitação
Apesar de dizerem que o
destino de Saddam já não é
tão relevante hoje, os EUA
anteciparam o início da
guerra, em 20 de março, para lançarem um ataque contra a liderança iraquiana em
Bagdá, chamado de "ataque
de decapitação".
Na ocasião, tinham informação de que o ditador e outros altos funcionários de
seu regime estariam reunidos no local atacado.
Depois circularam relatos
de que Saddam teria morrido ou sido visto saindo do
prédio numa maca.
Saddam, que costuma usar
sósias para despistar seus
muitos inimigos, quase não
tem aparecido desde o início
da guerra.
Nas imagens exibidas pela
TV iraquiana não é possível
determinar a data da gravação. Ele leu um discurso na
semana passada fazendo referências a episódios da
guerra, mas, segundo os
EUA, não era possível determinar se era ele ou um sósia.
Na semana passada, ele
apareceu percorrendo as
ruas de Bagdá, justamente
no bairro de Al Mansur, o
mesmo do ataque de anteontem, um dos mais nobres da capital.
Com agências internacionais
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