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Legisladores taiwaneses transformaram em batalha uma sessão sobre a ratificação de um acordo comercial com a China. Entre objetos voadores, socos e pontapés, dois parlamentares foram parar no hospital.
Cerca de dez legisladores do opositor Partido Democrático Progressista, anti-China, pretendiam bloquear a ratificação do tratado, assinado na semana passada.
Eles então resolveram lutar, literalmente, pelo controle do palanque.
Como outros dez deputados do governista Partido Nacionalista resistiram, a confusão começou. Com uma baixa de cada lado, a briga se encerrou, e o presidente do Parlamento decretou recesso até hoje.
O bloco governista quer discutir o acordo como um todo, mas a oposição anunciou que ainda pretende examiná-lo linha por linha.
A confusão confirma a expectativa de que o acordo estará no centro das eleições locais de 27 de novembro -consideradas um termômetro para as eleições presidenciais, em 2012.
Apesar da briga, a aprovação do tratado é quase certa, já que o governo tem ampla maioria na Casa. O pacto é uma vitória do presidente Ma Ying-jeou, que há dois anos tenta fortalecer os vínculos entre a economia "high-tech" de Taiwan e o poderoso mercado chinês.
A oposição rejeita a aproximação, argumentando que ela tornará a ilha dependente da China e, por conseguinte, criará condições para a reunificação dos países.
Diz também que o corte nas tarifas de importação de cerca de 800 itens prejudicará pequenos negócios taiwaneses. Já o governo sustenta que o acordo é necessário para garantir o futuro econômico da ilha.
Taiwan separou-se da China em 1949, em meio a uma guerra civil. Desde então, a China considera a ilha uma Província rebelde.


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