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SALDO DE GUERRA
Equipe de necrotério militar foi reforçada para receber os mais de 250 cadáveres americanos
Corpos de soldados são levados para base aérea em Delaware
DA REUTERS
Quando os aviões de carga
pousam na base aérea de Dover,
na costa do Estado de Delaware,
as pessoas já se preparam para
homenagear os mortos. É para
lá que são levados todos os americanos mortos no Iraque.
Desde que os EUA invadiram
o Iraque até o início deste mês,
cerca de 250 corpos já desembarcaram na base, entre mortos
em combates e acidentes.
A base de Dover abriga o
maior e único necrotério nos
EUA que recebe mortos em
guerras no exterior. Desde a
Guerra do Vietnã, é nela que
chegam os mortos. Também foi
para lá que foram trazidos os
restos mortais dos astronautas
mortos no ônibus espacial Columbia e as vítimas do Pentágono no 11 de Setembro.
Desde março, quando começou a Guerra do Iraque, os funcionários do necrotério trabalham até 12 horas por dia e sem
folga por semanas. A equipe, de
sete pessoas, que chegou a 200
no auge da guerra, hoje opera
com 50 pessoas -embora o fluxo de corpos, segundo os funcionários, continue o mesmo.
"Se você vê os registro de mortes, saberá que estamos trabalhando", diz Karen Giles, que dirige o necrotério. Ela e seus colegas evitam o noticiário para não
desenvolver ligação com os soldados que podem examinar.
Nas instalações -que mais
parecem um hangar- ela diz
que o trabalho é difícil. "Eu sei
qual o custo da guerra. Vejo os
rostos dos que chegam, e eles
são cada vez mais jovens."
Mas Giles e seus colegas se orgulham do que fazem. "Gostaríamos de não ter que fazer isso", diz o major Jeff Yocum.
"Mas nos orgulhamos em assegurar sua dignidade enquanto
eles estão em Dover. Nossa
maior preocupação é assegurar
que eles voltem com dignidade e
respeito a seus entes queridos."
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