DA REDAÇÃO

Três palestinos, inclusive dois membros do Hamas, morreram numa operação israelense em Nablus, na Cisjordânia, levando integrantes do grupo terrorista palestino a ameaçar romper o cessar-fogo declarado há cerca de cinco semanas. Um soldado israelense morreu no confronto.
Também ontem, o grupo extremista xiita libanês Hizbollah atacou tropas israelenses em área síria ocupada por Israel.
O enfrentamento em Nablus começou de madrugada, quando soldados israelenses cercaram o que seria uma fábrica de armas do Hamas para prender dois suspeitos de produzir bombas, segundo o Exército. Os israelenses teriam sido recebidos a tiros. O soldado Roi Oren, 20, morreu na ação.
As tropas israelenses reagiram e mataram um dos ativistas do Hamas. Em seguida, uma explosão teria destruído parte do edifício e matado o segundo extremista.
De acordo com o militar israelense, ela teria sido causada por explosivos estocados no local.
Um terceiro palestino, Mohammed Dak, 20, morreu ferido por uma bala, quando, segundo testemunhas, as tropas israelenses atiraram contra palestinos que jogavam pedras. O Exército israelense nega ter usado munição fatal.
Logo após a ação, o braço militar do Hamas, o Izzedine al Qassam, prometeu vingança. Já Ismail Abu Shanab, um líder do Hamas, responsabilizou Israel "pelo ataque e por todas as suas consequências", mas não afirmou que o grupo, responsável por dezenas de atentados contra Israel, romperá o cessar-fogo, previsto para durar pelo menos até o final de setembro. Embora a trégua, declarada pelos extremistas palestinos em 29 de junho, tenha reduzido a violência na região, Israel continua enviando soldados para os territórios ocupados para deter palestinos suspeitos de envolvimento com o terrorismo, e grupos palestinos seguem fazendo ataques em escala menor.
Os palestinos exigem que Israel liberte milhares de prisioneiros. Na última quarta, mais de 300 foram libertados, mas os palestinos consideraram insuficiente.

Hizbollah
Guerrilheiros do Hizbollah lançaram dezenas de morteiros e foguetes contra posições do Exército israelense pela primeira vez em oito meses. Israel reagiu com artilharia e bombardeios aéreos. Não houve registro de feridos.