DE WASHINGTON

O governo americano acredita que conseguiu minar os planos da Al Qaeda para atacar os EUA com as recentes prisões de supostos terroristas e a obtenção de dados sobre a preparação desses ataques, segundo a principal conselheira do presidente George W. Bush para terrorismo.
"Tenho certeza que, com nossas ações agora, conseguimos frear os planos", disse ontem a conselheira para Segurança Interna Frances Townsend. "A questão que investigamos é se conseguimos interromper todos os planos ou só uma parte deles", acrescentou.
Ao participar de dois programas de entrevistas na TV ontem, Townsend lamentou o fato de ter sido vazado pela mídia o nome do membro da Al Qaeda Mahammed Naeem Noor Khan, preso no final de julho no Paquistão, e em cujo computador foram encontradas as informações sobre os planos terroristas.
Questionada se o risco de novos ataques poderia ser comparado ao 11 de Setembro, Townsend afirmou: ""Creio que (o risco) é mais sério e requer medidas mais urgentes agora". A assessora disse ainda que o Capitólio, onde funciona o Congresso dos EUA, estava na lista dos alvos de novos ataques terroristas que levaram a um aumento da segurança em algumas regiões do país a partir da semana passada.

Ação nas eleições
Além do Capitólio e de outros prédios em Washington, Nova York e Nova Jersey, a rede terrorista Al Qaeda também teria planos de realizar ataques no país para atrapalhar as eleições norte-americanas, marcadas para o próximo dia 2 de novembro.
A assessora disse que as informações sobre o possível ataque ao Capitólio foram obtidas da mesma fonte que indicou a possibilidade de outros atentados aos EUA. Desde a semana passada, toda a região em torno do Congresso dos EUA foi cercada por várias barreiras de segurança que vêm vistoriando automóveis e pessoas ao redor do edifício.
Em um outro programa dominical de entrevistas, a assessora para Segurança Nacional da Casa Branca, Condoleezza Rice, afirmou que os EUA estão ""levando muito à sério" algumas informações de que a Al Qaeda planeja fazer ataques no país durante o período pré-eleitoral.
""Temos informações de várias fontes de que havia, e acreditamos que estejam ocorrendo, planos em andamento para o período pré-eleitoral", disse Rice.
(FERNANDO CANZIAN)


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