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ELEIÇÃO NOS EUA
Bill Bradley lança pré-candidatura à Presidência pelos democratas, disputando vaga com Gore
Ex-astro de basquete ameaça Al Gore
das agências internacionais
O ex-senador por Missouri e ex-jogador profissional de basquete
Bill Bradley, 56, lançou oficialmente sua pré-candidatura à Presidência dos EUA pelo Partido
Democrata. Seu principal adversário dentro do partido será o
atual vice-presidente, Al Gore.
Bradley, que jogou no time
olímpico norte-americano e profissionalmente no New York
Knicks antes de entrar para a política, prometeu "restaurar a confiança dos norte-americanos no
serviço público". Foi uma referência aos últimos escândalos sexuais do governo Clinton.
Clinton mentiu diante da Justiça durante uma ação de assédio
sexual promovida por uma ex-funcionária pública do Arkansas,
Paula Jones, quando o presidente
era governador do Estado. Ele negou ter mantido relações extraconjugais com uma ex-estagiária
da Casa Branca, Monica Lewinsky, o que se provou mentira.
De acordo com uma pesquisa
do jornal "The Washington Post"
e da TV ABC, 53% dos entrevistados se disseram "cansados" do
presidente Bill Clinton.
O sentimento de cansaço e descrédito do eleitorado dos EUA
acaba afetando diretamente o vice-presidente Gore, mais forte
candidato a candidato entre os
democratas. É desse sentimento
que Bradley quer se aproveitar.
Há um empate técnico entre
aqueles que acham que Gore é
muito associado a Clinton para
que possa "trazer um novo começo" para o país (48%) e os que discordam da afirmação (49%).
Apesar disso, Gore ainda teria
69% dos votos dos entrevistados
que se identificaram como democratas, contra 24% de Bradley. A
maioria dos eleitores, 83%, acha
injusto creditar a Gore todos os
erros de Clinton.
O mais provável candidato a
presidente pelo Partido Republicano, o atual governador do Texas, George W. Bush, lidera hoje
as intenções de voto.
Pela pesquisa do "Post", o governador do Texas, que é filho do
ex-presidente George Bush, teria
56% dos votos se a eleição fosse
hoje. Gore receberia o apoio de
37% dos eleitores.
Analistas políticos republicanos
acreditam que Clinton será um
peso para Gore se sua candidatura se confirmar. Para eles, há uma
nítida "fadiga" do presidente. É
dessa "fadiga" que Bush quer se
beneficiar, assim como o democrata Bradley.
As eleições presidenciais nos
EUA acontecem em novembro
do ano que vem.
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