São Paulo, Quinta-feira, 09 de Setembro de 1999
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ELEIÇÃO NOS EUA
Bill Bradley lança pré-candidatura à Presidência pelos democratas, disputando vaga com Gore
Ex-astro de basquete ameaça Al Gore

das agências internacionais


O ex-senador por Missouri e ex-jogador profissional de basquete Bill Bradley, 56, lançou oficialmente sua pré-candidatura à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata. Seu principal adversário dentro do partido será o atual vice-presidente, Al Gore.
Bradley, que jogou no time olímpico norte-americano e profissionalmente no New York Knicks antes de entrar para a política, prometeu "restaurar a confiança dos norte-americanos no serviço público". Foi uma referência aos últimos escândalos sexuais do governo Clinton.
Clinton mentiu diante da Justiça durante uma ação de assédio sexual promovida por uma ex-funcionária pública do Arkansas, Paula Jones, quando o presidente era governador do Estado. Ele negou ter mantido relações extraconjugais com uma ex-estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky, o que se provou mentira.
De acordo com uma pesquisa do jornal "The Washington Post" e da TV ABC, 53% dos entrevistados se disseram "cansados" do presidente Bill Clinton.
O sentimento de cansaço e descrédito do eleitorado dos EUA acaba afetando diretamente o vice-presidente Gore, mais forte candidato a candidato entre os democratas. É desse sentimento que Bradley quer se aproveitar.
Há um empate técnico entre aqueles que acham que Gore é muito associado a Clinton para que possa "trazer um novo começo" para o país (48%) e os que discordam da afirmação (49%).
Apesar disso, Gore ainda teria 69% dos votos dos entrevistados que se identificaram como democratas, contra 24% de Bradley. A maioria dos eleitores, 83%, acha injusto creditar a Gore todos os erros de Clinton.
O mais provável candidato a presidente pelo Partido Republicano, o atual governador do Texas, George W. Bush, lidera hoje as intenções de voto.
Pela pesquisa do "Post", o governador do Texas, que é filho do ex-presidente George Bush, teria 56% dos votos se a eleição fosse hoje. Gore receberia o apoio de 37% dos eleitores.
Analistas políticos republicanos acreditam que Clinton será um peso para Gore se sua candidatura se confirmar. Para eles, há uma nítida "fadiga" do presidente. É dessa "fadiga" que Bush quer se beneficiar, assim como o democrata Bradley.
As eleições presidenciais nos EUA acontecem em novembro do ano que vem.


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