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Discurso inicial
é contestado
pelos ataques
DA REUTERS
Para muitos, a ofensiva,
que se utiliza de armamentos milionários para atingir
alvos que não valem U$ 100,
é uma estranha forma de iniciar a primeira grande guerra do século 21.
O presidente dos EUA,
George W. Bush, e o seu secretariado já vinham alertando para uma ofensiva
"não convencional" contra o
milionário saudita Osama
bin Laden e sua organização
terrorista, a Al Qaeda.
"É como lançar um míssil
de U$ 2 milhões para atingir
uma tenda e um camelo que
valem U$ 10", teria dito Bush
em uma conversa reservada
com congressistas.
"Esse é um tipo diferente
de guerra. A luta entre uma
guerrilha e forças militares
convencionais é difícil", disse Bush na semana passada.
O secretário de Defesa,
Donald Rumsfeld, havia
alertado que as ofensivas
não teriam um "Dia D", para
marcar o início do conflito.
O secretário de Estado, Colin Powell, também já vinha
repetindo que essa não seria
uma guerra travada somente
no âmbito militar. "É uma
guerra de inteligência, na
qual também serão utilizados argumentos legais [a
união contra o terror" e armas financeiras."
Diante disso, é inevitável
perguntar qual é o modelo
que foi quebrado quando
EUA e Grã-Bretanha lançaram 50 mísseis em alvos militares no Afeganistão? Qual
a diferença entre essa guerra
e a do Golfo, ocorrida em
1991 (ambas foram, inclusive, televisionadas)?
Até agora, dizem especialistas, a principal diferença é
a participação da emissora
Al Jazeera, sediada em Qatar, que com sua política editorial independente, usurpou a primazia da poderosa
rede CNN.
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