EM LONDRES

A Scotland Yard e a polícia metropolitana londrina reforçaram a segurança ontem nas ruas da capital do Reino Unido. E o ministro do Interior, David Blankett, disse que o governo estava adotando medidas para garantir a manutenção dos serviços de água, gás e eletricidade.
Blankett, em entrevista à radio BBC 4, se negou a apresentar uma lista dos locais protegidos, temendo gerar pânico. "Um ministro do interior seria bobo ao descartar qualquer tipo de risco", afirmou. "Mas no momento em que começamos a apresentar uma lista do que estamos fazendo, temos o efeito contrário daquilo que desejamos, ou seja, começamos a deixar as pessoas preocupadas."
Um efetivo adicional de cerca de 1.500 homens foi destacado para proteger principalmente locais vistos como prováveis alvos de uma retaliação terrorista contra a participação britânica no conflito.
Os edifícios governamentais e as embaixadas dos EUA e de Israel vêm recebendo forte proteção. Um cordão policial foi estabelecido ao redor da City, distrito financeiro de Londres, onde ficam a Bolsa de Valores, o Banco da Inglaterra e escritórios de grandes empresas.
As forças de segurança também estão em alerta para eventuais protestos violentos de grupos pacifistas, além de terem recebido ordens para defender mesquitas e entidades muçulmanas contra eventuais ataques racistas.
Na noite de domingo, cerca de cem pessoas se reuniram em frente a Downing Street, onde fica a residência do chefe de governo, para protestar contra a entrada do Reino Unido na guerra.
Embora tenha sido um episódio isolado, atos do gênero devem se tornar frequentes a medida que a campanha militar avança. Nas universidades londrinas, cartazes convocam os estudantes para um sem número de marchas pela paz.
As autoridades têm montado ações preventivas de alta visibilidade em locais públicos. Integrantes da Scotland Yard e viaturas podem ser vistos por toda parte em West End, o distrito dos teatros e áreas de lazer de Londres.
Agentes à paisana também foram espalhados por estações de trem e aeroportos da cidade, onde a segurança já havia sido reforçada desde 11 de setembro.
Fontes do serviço secreto interno britânico, o MI-5, disseram à imprensa local que a vigilância sobre eventuais simpatizantes de Bin Laden que residem no Reino Unido foi aumentada. (MS)


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