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COLÔMBIA
Carro-bomba explodiu em área comercial da capital, deixando outras 20 pessoas feridas; suspeita recai sobre paramilitares
Atentado terrorista em Bogotá mata 6
DA REDAÇÃO
Seis pessoas morreram e outras
20 ficaram feridas depois que um
carro-bomba explodiu num setor
comercial de Bogotá. Foi o primeiro atentado terrorista na capital colombiana desde fevereiro
passado. Nenhum grupo assumiu
a autoria do ataque.
O carro explodiu às 8h no bairro
de San Andresito, quando dois
policiais chegavam ao local após
serem alertados sobre um automóvel suspeito, segundo autoridades locais.
"Fomos alertados sobre um carro suspeito, e uma patrulha policial foi enviada para averiguar a
situação. A explosão ocorreu
quando eles se aproximaram do
veículo", disse o general Jorge
Castro, comandante da polícia de
Bogotá, que tem mais de 7 milhões de habitantes.
Quatro pessoas -incluindo os
dois policiais- morreram na hora. Os outros dois mortos chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos, segundo
o prefeito de Bogotá, Antanas
Mockus.
Outros dois mortos foram identificados como vendedores ambulantes que tinham ponto no local da explosão.
A ministra da Defesa, Marta Lucia Ramirez, advertiu que mais
ataques podem ocorrer até as eleições locais, no próximo dia 26.
Anteontem, o governo acusou a
guerrilha terrorista Farc (Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia) de terem matado dois
prefeitos. Ao todo, nove prefeitos
já foram mortos neste ano.
O presidente Álvaro Uribe, que
se elegeu prometendo restaurar a
segurança no país, convocou uma
reunião de emergência.
Castro afirmou que "ainda é
muito cedo" para determinar a
autoria e a motivação do atentado. Ele descartou a presença de
outros veículos com explosivos na
área do ataque.
Já o diretor de operações da polícia, coronel Orlando Cely, disse
que "há informações fragmentadas de que foram três terroristas"
que preparam o carro-bomba.
Especula-se, no entanto, que o
atentado tenha sido realizado por
terroristas paramilitares de direita. Recentemente, a revista "Semana" publicou reportagem sobre grupos de paramilitares de direita que extorquem dinheiro dos
comerciantes do bairro onde
ocorreu o atentado.
No mês passado, a polícia havia
admitido a presença de grupos armados que intimidam comerciantes de San Andresito, onde há
um forte comércio de produtos
contrabandeados, e de outros setores comerciais de Bogotá.
Mockus ofereceu uma recompensa de cerca de US$18 mil em
troca de alguma informação que
leve aos responsáveis.
Violência
O último atentado em Bogotá
havia ocorrido no dia 7 de fevereiro deste ano, quando um carro-bomba matou 36 pessoas e deixou
outras 170 feridas num elegante
clube noturno. O governo acusou
as Farc, mas a guerrilha terrorista
de esquerda negou a autoria.
No ano passado, houve na capital vários atentados terroristas.
Um deles ocorreu no momento
em que o presidente Álvaro Uribe
tomava posse, em agosto.
O atentado atribuído às Farc
provocou a morte de 21 pessoas, a
maioria moradores de uma área
próxima ao palácio do governo,
que foi atingido, mas sem grandes
danos.
Desde que assumiu há 14 meses,
Uribe intensificou o ataque aos
grupos armados ilegais, sobretudo contra as Farc.
A estratégia do presidente tem
lhe rendido altos índices de popularidade, mas analistas afirmam
que o aumento dos combates
contra os grupos ilegais não têm
trazido grandes resultados nem
mais tranquilidade ao país.
Com agências internacionais
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