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São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Casa Branca anuncia que não vetará lei

Comissão no Congresso dos EUA aprova sanções contra a Síria

DA REDAÇÃO

A Comissão de Relações Internacionais do Congresso dos EUA aprovou ontem um projeto de lei que impõe sanções à Síria "por desenvolver armas de destruição em massa, apoiar o terrorismo e ocupar o Líbano".
Foram 33 votos a favor e 2 contra. Na semana que vem, a lei tem enorme possibilidade de ser aprovada na Câmara dos Deputados. Depois vai para o Senado. O presidente dos EUA, George W. Bush, deve sancionar a legislação, afirmou o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan.
Caso o projeto se converta em lei, será proibido para americanos comercializar e investir na Síria, a representação diplomática de Washington em Damasco ficará reduzida e os sírios terão restrições para viajar aos EUA.

Pesquisa
Cerca de dois terços dos israelenses apóiam o ataque de Israel à Síria ocorrido no domingo, segundo pesquisa publicada pelo diário "Yedioth Ahronoth".
O levantamento indica que 65% são favoráveis à ação. Outros 31% dos entrevistados são contra.
Porém, apesar de apoiarem o ataque, a maior parte dos israelenses afirma não acreditar que os atentados terroristas irão diminuir por causa dele. Apenas 25% disseram que deve haver uma redução nas ações suicidas contra israelenses.
Pouco mais da metade dos entrevistados afirmou que o ataque pode levar a um aumento da tensão na fronteira norte do país. Grupos que atuam no lado libanês recebem apoio da Síria, e os sírios poderiam utilizá-los para ações contra Israel.
Muitas reservas em hotéis no norte israelense foram canceladas. Há o temor de que a tensão na área afete a economia.
O embaixador sírio em Madri, Mohsen Bilal, disse que a Síria reagirá militarmente se Israel voltar a atacar o país. Autoridades sírias, no entanto, afirmaram que essa é uma posição particular do diplomata e que Damasco continuará atuando no campo diplomático, buscando uma resolução na ONU condenando Israel. Mas Damasco está enfrentando dificuldades para aprovar a emenda no Conselho de Segurança.
Anteontem, Sharon afirmou que Israel poderá atacar seus inimigos em qualquer lugar.

Palestinos
O Exército de Israel reforçará com reservistas a presença militar do país nos territórios palestinos. Todas as cidades na Cisjordânia foram bloqueadas, e a faixa de Gaza foi dividida em quatro zonas. Em Nablus (Cisjordânia), três soldados israelenses foram feridos em ataque de atirador palestino.
Assessores do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, negaram ontem informação do jornal britânico "The Guardian" de que ele sofreu um ataque cardíaco. Segundo eles, Arafat teve problemas estomacais, o que justificaria sua perda de peso e aparência frágil.


Com agências internacionais


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