São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997.




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Grupos de espionagem agiam em diversos Estados

da Reportagem Local

De acordo com dados contidos nos prontuários do Deops-SP, a espionagem nazista no Brasil tinha dois níveis: a que era feita por cidadãos comuns, membros da comunidade alemã, e a ligada a organizações mais estruturadas.
Segundo a autora do capítulo sobre espionagem, Priscila Ferreira Perazzo, 29, alguns núcleos chegaram a reunir 20 pessoas, em vários Estados. "Algumas chefias se ligavam à embaixada e, por intermédio dela, ao governo alemão."
Perazzo diz que a espionagem não era feita sempre por pessoas ligadas ao Partido Nazista.
Um dos principais núcleos era, segundo a polícia, liderado por Niels Christian Christensen, cujo nome verdadeiro seria Josef Starziczny. Preso em 1942 e investigado pelas polícias paulista e federal, ele atuava no Rio de Janeiro e tinha contatos em Santos e no Nordeste.
Entre os principais membros de sua rede estava Otto Wilhelm Heinrich Uebele, cônsul alemão em Santos, também preso em 42.
Outra rede identificada no Rio era liderada por Albrecht Gustav Engels. Em 1942, os núcleos de espionagem foram dissolvidos pelo governo brasileiro. (RS)


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