São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997.




Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasileira critica impunidade do racismo

de Buenos Aires

Uma brasileira negra que vende produtos artesanais há sete meses na praça França, no tradicional bairro da Recoleta, em Buenos Aires, atribui o "racismo de alguns argentinos" à "ausência de leis no país" para coibi-lo.
"Nos chamam de 'monos' (macacos) e nada acontece. O racismo aqui é transparente. No Brasil, as pessoas temem ser racistas. Na Argentina, não existe essa preocupação", diz a artesã Bernardette de Moura, 40, nascida em Belo Horizonte, mas que vivia em Ferraz de Vasconcelos (perto da capital paulista).
"Tenho consciência das coisas. Já fui líder comunitária, concorri a vereadora em 1992 pelo PTR (Partido Trabalhista Renovador) em Ferraz de Vasconcelos. Sei que só alguns são racistas. Mas quem vê esse tratamento fica pensando que todos os argentinos são assim." (LG)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.