São Paulo, segunda-feira, 09 de dezembro de 2002

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ISRAEL

Arafat é proibido de ir a Belém

Porta-voz da Al Qaeda assume ação no Quênia

DA REDAÇÃO

A rede terrorista Al Qaeda assumiu a autoria dos ataques contra um avião e um hotel israelense no Quênia -que mataram 16 pessoas (sendo três terroristas suicidas) no fim do mês passado- e prometeu novos atentados "letais" contra Israel e EUA.
A reivindicação dos ataques no Quênia foi feita por Sulaiman Bu Gaith, uma das principais lideranças da organização, em áudio divulgado por um site e posteriormente pela rede de TV árabe Al Jazeera, do Qatar. No dia 2, um comunicado atribuído ao grupo já havia assumido os ataques.
"Assumimos os atentados em Mombaça, no Quênia. A aliança judaico-cristã não irá, se Deus quiser, se salvar dos ataques dos guerreiros islâmicos", disse Gaith.
Segundo ele, "a próxima fase de ataques será maior e ainda mais letal". Gaith porta-voz da Al Qaeda após os ataques de 11 de setembro, que foram assumidos pela rede terrorista. É considerado uma das figuras mais próximas do terrorista saudita Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, e está na lista de procurados dos EUA.

Arafat
Em Israel, o governo do premiê Ariel Sharon anunciou que não irá permitir a ida do presidente a ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, a Belém (Cisjordânia) para festejar o Natal.
"Ele [Arafat" ficará onde está", afirmou Ranaan Gissin, um dos principais assessores do primeiro-ministro. O líder palestino, que já foi proibido de ir a Belém no ano passado, respondeu à proibição israelense: "É meu dever estar lá". Arafat pôde deixar Ramalla, onde está cercado por forças israelenses, em raras oportunidades no último ano.
Em entrevista ontem, Arafat acrescentou que somente irá realizar eleições para a Presidência da ANP caso Israel desocupe todas as cidades palestinas.
Uma palestina foi morta e três de seus filhos ficaram feridos em Gaza por disparos de soldados israelenses, disseram fontes palestinas. Já Israel afirma que disparou contra palestinos armados que tentavam se infiltrar no assentamento judaico de Rafiah Yam. Os israelenses não confirmaram as mortes de Ajel e do filho, que estariam indo para a casa no campo de refugiados de Rafah.

Líbano
Dois soldados israelenses ficaram feridos em explosão de bomba na fronteira com o Líbano. Eles faziam uma patrulha de rotina em um veículo militar, quando passaram por cima de uma bomba. Um dos militares israelenses perdeu as duas pernas.
Israel acusou o grupo extremista islâmico libanês Hizbollah pelo ataque de ontem. Porém o grupo emitiu comunicado negando envolvimento com a explosão. Um grupo desconhecido, denominado Organização dos Mártires Ramzi Nahra, assumiu a ação.


Com agências internacionais


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