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Palestinos vão
fazer campanha
em Jerusalém
DO ENVIADO ESPECIAL A JERUSALÉM
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, confirmou ontem a realização das eleições
legislativas palestinas, marcadas para 25 de março. O
pleito estava ameaçado devido à instabilidade nas últimas semanas nos territórios
palestinos e à proibição imposta por Israel à votação
em Jerusalém Oriental.
Abbas disse que recebeu
garantias dos EUA de que os
residentes da parte árabe de
Jerusalém poderão votar.
Horas antes, Israel permitira
que candidatos palestinos fizessem campanha na cidade, contanto que não fossem
ligados a grupos terroristas.
No começo da tarde, contudo, a movimentação era
intensamente comercial,
mas vagamente política. Na
principal rua de Jerusalém
Oriental, Salah A-Din, as lojas fervilhavam de consumidores preparando-se para o
feriado muçulmano celebrado hoje, mas havia pouca
panfletagem. Ao contrário
de cidades como Ramallah e
Gaza, que estão há semanas
cobertas de cartazes eleitorais, em Jerusalém a campanha era quase invisível.
O candidato independente
Nasser Mussa, um dos poucos que aproveitaram a liberação para tentar angariar
votos, criticou Israel.
"Essa proibição foi mais
uma ação israelense para
humilhar e intimidar os palestinos", disse. Para o lojista
Nabil Ghanem, 65, que há 33
vende roupas femininas na
rua, a saída de cena de Sharon não terá influência sobre
o pleito.
(MN)
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