São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

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Brasil apóia secretário-geral da OEA após crítica de venezuelano

DA REDAÇÃO

O Brasil manifestou ontem confiança no secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, após o presidente venezuelano, Hugo Chávez, tê-lo chamado de "idiota" e pedido sua saída.
Na OEA, com sede em Washington, Chile, Honduras, Guatemala, Costa Rica, Paraguai, Canadá e os EUA também se solidarizaram com Insulza, segundo as agências de notícias France Presse e Efe.
O embaixador brasileiro no organismo, Osmar Chohfi, disse que "o espírito de diálogo e de abertura ao pluralismo de opiniões é fundamental para que a questão da liberdade de expressão possa prosperar como uma das ferramentas de coordenação política", segundo a France Presse.
Chávez havia insultado Insulza após este ter criticado a decisão do presidente venezuelano de não renovar a concessão da Radio Caracas Televisión (RCTV), um canal privado de televisão oposicionista.
Insulza disse que não comentará os insultos proferidos por Chávez. "Não estou disposto a nenhum combate com nenhum presidente de nenhum país-membro", afirmou o chileno. "Não estou dizendo "façam isso". Estou apenas dizendo que estou preocupado com a decisão do governo venezuelano (sobre o futuro da RCTV)".
A RCTV é acusada por Chávez de ter apoiado a tentativa de golpe de Estado contra ele, em abril de 2002. O governo diz que a decisão é irrevogável.
O ex-ministro venezuelano das Relações Exteriores Simón Consalvi disse que o episódio pode ser o início da ruptura da Venezuela com a OEA. Dos países da região, apenas Cuba, do ditador Fidel Castro, não participa do organismo.


Com agências internacionais


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