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Bachelet reage a crise com aliados e troca seis ministérios no Chile
Governo se fragiliza na Câmara, onde 5 deputados deixaram partido da base
DA REDAÇÃO
Horas depois de praticamente perder o comando da Câmara dos Deputados -mais um
golpe na coalização que sustenta o governo-, a presidente do
Chile, Michelle Bachelet, anunciou a troca de seis ministros de
seu gabinete.
A mudança mais relevante
feita anteontem é na pasta do
Interior, que ficará com o experiente Edmundo Pérez Yoma,
ex-ministro da Defesa de
Eduardo Frei (1994-2000).
Yoma substituirá Belisário
Velasco, do PDC (Partido Democrata Cristão), que se demitiu no dia 3. A escolha é uma
tentativa de Bachelet reforçar
as pontes com os democratas-cristãos, importantes na coalizão e epicentro da atual crise.
Bachelet renovou o comando
ainda dos Ministérios de Mineração, Planejamento, Agricultura, Obras Públicas e Economia (apesar do título, a política
econômica no Chile fica a cargo
das Finanças, que não mudou).
Todos são políticos experientes, perfil distinto ao da primeira equipe de Bachelet, mais jovem e montada com pouca consulta de aliados.
O abalo na coalizão governista deu-se com a recente expulsão, pelo PDC, do senador
Adolfo Zaldívar -contrário ao
apoio da legenda a Bachelet.
Em solidariedade a ele, cinco
deputados deixaram a sigla ontem, encolhendo de 61 para 56
os governistas na Casa (a oposição tem 55 cadeiras e os independentes são 7). O governo
também perdeu recentemente
a maioria no Senado.
Trata-se da terceira reforma
ministerial da presidente, que
chega à metade do mandato sob
críticas. Apesar do vigor da economia puxado pela alta do cobre (principal riqueza chilena),
são crescentes as cobranças para que isso seja traduzido em
distribuição de renda e melhora dos serviços públicos.
Em 2007, o fracasso do novo
sistema de transporte de Santiago refletiu-se na queda de
popularidade de Bachelet. Não
à toa, a discreta presidente entoou a canção popular "Resistiré" em um ato em dezembro.
Com agências internacionais
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