São Paulo, Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LÓGICA NAZISTA
Saiba o destino das crianças

especial para a Folha

Dos cerca de 6 milhões de judeus vítimas do nazismo, 1,5 milhão eram crianças. A maior parte delas foi assassinada em câmaras de gás e depois incineradas em fornos crematórios. Muitas foram mortas a tiros.
Elas foram as presas mais indefesas do regime de Adolf Hitler, que pregava a superioridade da raça ariana e planejou o extermínio de todo um povo, além de perseguir ciganos, homossexuais e comunistas.
Hitler chegou ao poder em 33 e provocou a Segunda Guerra em 39. Ao anexar novos territórios, levava a população judaica para campos de concentração e, depois, de extermínio.
"Eles tentaram erradicar todo o povo judeu. Mesmo os bebês recém-nascidos eram vistos como um perigo para a humanidade", afirma Alberto Milgram, responsável por projetos educativos no Museu do Holocausto de Jerusalém.
Por não ter porte físico para os trabalhos forçados, as crianças eram as primeiras a ser exterminadas.
Os relatos que sobraram sobre a atividade infantil na época vêm dos guetos do Leste Europeu, onde as crianças viveram confinadas com suas famílias por até quatro anos.
No gueto de Varsóvia, por exemplo, meninos e meninas cresciam em um mundo de apenas 4 km2. "Eles perguntavam às mães o que é uma floresta ou um jardim", conta Milgram.
O extermínio das crianças dizimou a geração seguinte. Estudos demográficos indicam que, não fosse o Holocausto, haveria hoje 25 milhões de judeus no mundo. A população judaica atual é de 13,4 milhões, inferior à de 39 (16,5 milhões). (MS)


Texto Anterior: Memória: Judia conta vida do "bebê sobrevivente"
Próximo Texto: Trauma afeta 1 milhão em Israel
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.