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LÓGICA NAZISTA
Saiba o destino das crianças
especial para a Folha
Dos cerca de 6 milhões de
judeus vítimas do nazismo,
1,5 milhão eram crianças. A
maior parte delas foi assassinada em câmaras de gás e
depois incineradas em fornos crematórios. Muitas foram mortas a tiros.
Elas foram as presas mais
indefesas do regime de
Adolf Hitler, que pregava a
superioridade da raça ariana e planejou o extermínio
de todo um povo, além de
perseguir ciganos, homossexuais e comunistas.
Hitler chegou ao poder
em 33 e provocou a Segunda Guerra em 39. Ao anexar
novos territórios, levava a
população judaica para
campos de concentração e,
depois, de extermínio.
"Eles tentaram erradicar
todo o povo judeu. Mesmo
os bebês recém-nascidos
eram vistos como um perigo para a humanidade",
afirma Alberto Milgram,
responsável por projetos
educativos no Museu do
Holocausto de Jerusalém.
Por não ter porte físico
para os trabalhos forçados,
as crianças eram as primeiras a ser exterminadas.
Os relatos que sobraram
sobre a atividade infantil na
época vêm dos guetos do
Leste Europeu, onde as
crianças viveram confinadas com suas famílias por
até quatro anos.
No gueto de Varsóvia, por
exemplo, meninos e meninas cresciam em um mundo de apenas 4 km2. "Eles
perguntavam às mães o que
é uma floresta ou um jardim", conta Milgram.
O extermínio das crianças
dizimou a geração seguinte.
Estudos demográficos indicam que, não fosse o Holocausto, haveria hoje 25 milhões de judeus no mundo.
A população judaica atual é
de 13,4 milhões, inferior à
de 39 (16,5 milhões).
(MS)
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