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Cheney pressiona por reconciliação de facções iraquianas
Em visita ao Iraque, vice-presidente dos EUA diz que é preciso agir no campo político para superar divergências
Um dos temas da viagem é a lei que estabelecerá regras para a exploração e divisão da renda do petróleo, a ser votada pelo Parlamento
Reuters
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O premiê Maliki (esq.) e Dick Cheney se reúnem em Bagdá |
DA REDAÇÃO
O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, fez
ontem uma visita-surpresa ao
Iraque a fim de pressionar os líderes locais a se esforçarem
mais para promover uma reconciliação entre as facções rivais -que muitos analistas
consideram como a única solução para o conflito no país.
"Hoje senti uma maior consciência por parte das autoridades iraquianas. Falei sobre a
importância de elas trabalharem juntas para resolver esta
questão em um prazo mais curto", afirmou. Cheney fez uma
avaliação da situação no Iraque
e mandou uma mensagem de
que é preciso agir mais no campo político para superar as divisões rumo a uma normalização
da vida iraquiana.
A visita do vice-presidente
acontece em meio à crescente
preocupação nos Estados Unidos em relação ao aumento da
violência no Iraque. O plano de
segurança lançado pelas autoridades americanas e iraquianas no começo do ano parece
não trazer o resultado esperado: anteontem o Pentágono
avisou a mais 35 mil soldados
americanos de que eles devem
se preparar para partir para o
Iraque até dezembro.
Cheney também pressionou
pela implementação da Lei do
Petróleo, que estabelecerá regras para a exploração do principal recurso do Iraque e a divisão da renda advinda da exploração pelas regiões e grupos étnico-religiosos que formam a
população iraquiana (curdos,
sunitas e xiitas). As tensões políticas estão crescendo em virtude da lei, enviada ao Parlamento na semana passada.
A explosão de um caminhão-bomba na cidade de Irbil, no
Curdistão (região autônoma no
norte do Iraque), ocorrida durante a visita, revela o acirramento dos ânimos. Apesar de
relativamente tranqüilo, o Curdistão concentra, ao lado do sul
do país, a maior parte do petróleo iraquiano. A explosão deixou pelo menos 19 mortos e
cerca de 80 feridos. Na região
ao norte de Bagdá, helicópteros
americanos mataram duas
crianças durante um ataque
contra insurgentes.
Em meio à crise, os parlamentares iraquianos anunciaram que pensam em tirar férias
de dois meses em meados do
ano. O plano foi criticado embaixador dos EUA em Bagdá,
Ryan Crocker, que declarou ser
"impossível entender" a atitude dos parlamentares.
Com agências internacionais
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