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Mazen descarta
o uso da força
contra terroristas
DA REDAÇÃO
O premiê palestino, Abu Mazen, criticou ontem os novos
ataques terroristas promovidos por grupos palestinos, mas
prometeu manter o diálogo como forma de persuadir esses
grupos a interromper os ataques, que ameaçam o plano de
paz para a região relançado na
semana passada.
"Para nós, não há outra alternativa além do diálogo", disse
Mazen, que foi criticado pelos
grupos terroristas por ter feito
concessões demais a Israel na
reunião de cúpula com o premiê israelense, Ariel Sharon, e
o presidente dos EUA, George
W. Bush, na semana passada,
em Ácaba, na Jordânia.
"Precisamos fazer todos os
esforços possíveis para interromper esse banho de sangue e
perseguir um acordo de paz",
disse Mazen.
Anteontem, cinco israelenses
foram mortos em dois ataques
de grupos terroristas palestinos
na faixa de Gaza e na Cisjordânia, nas primeiras ações contra
alvos israelenses desde a reunião em Ácaba. Os grupos terroristas Hamas, Jihad Islâmico e Brigadas dos Mártires de Al
Aqsa reivindicaram conjuntamente os ataques.
O Exército israelense demoliu ontem em Beit Hanoun, no
norte da faixa de Gaza, a casa
de um dos seis atiradores responsáveis pelos ataques de anteontem. Fontes das forças de segurança palestinas disseram
que outras 12 casas foram destruídas no local, mas o Exército
israelense negou.
Ontem, soldados israelenses
mataram dois atiradores palestinos que tentavam se infiltrar
na colônia de Netzarim (Gaza).
Confiança
Bush chamou ontem os grupos terroristas palestinos de
"extremistas que querem implodir a paz". Mas ele disse
manter a confiança no progresso do novo plano de paz, que
tem ainda o apoio de Rússia
União Européia e ONU, para
acabar com o conflito israelo-palestino.
"Estou otimista de que os líderes responsáveis compreendam agora a mensagem de que temos que nos juntar para
combater os ataques terroristas
para que um Estado palestino
pacífico possa emergir", disse.
Pobreza
Cerca de 70% dos palestinos
vivem na pobreza, segundo um
levantamento divulgado ontem pelo Escritório Central de
Estatísticas Palestino.
Cerca de 2,5 milhões de palestinos, a maioria deles na faixa de Gaza, vivem na pobreza -com renda mensal inferior a
US$ 400 para uma família de
seis pessoas, em média.
A pesquisa, realizada em
abril, mostrou ainda que cerca
de metade das famílias palestinas perdeu 50% ou mais de sua
renda usual desde o início da
Intifada (levante contra a ocupação israelense), em setembro
de 2000. Mais de 100 mil palestinos perderam seus empregos
dentro de Israel após o início da
Intifada, por conta das restrições à circulação impostas pelo
Exército israelense em reação
aos ataques terroristas.
Com agências internacionais
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