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Movimento literário revelou bairro
DE NOVA YORK
O primeiro renascimento do
Harlem aconteceu no final da Primeira Guerra (1914-1918) e foi até
a metade da Depressão de 1930.
Tratava-se do "Harlem Renaissance", movimento literário negro que reuniu escritores como
W.E. B. Du Bois, Claude McKay e
James Weldon Johnson.
Foi a primeira vez que o país tomava contato com o então ignorado Harlem negro, antes mesmo
de o bairro virar a meca do jazz
que revelaria Billie Holiday e
Louis Armstrong, entre outros.
O bairro, hoje delimitado pelos
rios Harlem (no leste) e Hudson
(no oeste), que distam 12 quilômetros um do outro, e pelas ruas
96 (ao sul) e 222 (ao norte), a última da ilha de Manhattan, nasceu
em 1658 como uma fazenda holandesa (Nova York foi fundada
por descendentes de holandeses,
alguns anos antes, como Nova
Amsterdã).
O bairro chamava-se então
Nieuw Haarlem (Haarlem é o nome de uma cidade holandesa) e
foi logo perdido para os britânicos, que tentaram rebatizá-lo de
Lancaster. O nome não pegou.
É dessa época a Mansão Morrisjumel, na esquina da rua 160 com
a avenida Edgecombe, a casa de
família mais antiga da cidade. Em
1873, o Harlem foi anexado por
Nova York e virou bairro.
Primeiros moradores
Na última década do século 19
os imigrantes europeus começaram a chegar aos EUA; foram eles
os primeiros moradores dos edifícios recentemente tombados.
Foi em 1910 que o corretor negro Philip A. Payton fez a primeira proposta para dois proprietários de prédios no bairro, de alugar a construção inteira para inquilinos negros, que começavam
a ter de sair de outras áreas da cidade por discriminação.
O acordo foi aceito. Os moradores brancos começaram a dar lugar aos negros e passaram a ocupar o sul da cidade e os bairros de
Queens e Brooklyn. Nascia o primeiro e único bairro negro de Nova York.
(SD)
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