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São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2003

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EUA detêm dois aliados de Saddam e apreendem 500 granadas em blitz

DA REDAÇÃO

Após um hiato de três semanas sem prisões importantes e sob constantes ataques da resistência iraquiana, o Comando Central Americano anunciou ontem a captura do ex-ministro do Interior iraquiano, Mahmud Diab al Ahmed, e a rendição de Mizban Khadr Hadi, um dirigente do banido Baath, partido do ex-ditador Saddam Hussein. Os dois figuram na lista dos 55 iraquianos mais procurados pelos EUA. Respectivamente, em 29º e 23º lugares.
Às vésperas da guerra, Al Ahmed fora nomeado comandante de uma das quatro regiões militares iraquianas pelo ex-ditador.
Passadas 16 semanas da invasão do Iraque, 21 dos mais procurados ainda estão foragidos -incluindo Saddam e seus filhos Uday e Qusay, vistos pela última vez no início de abril. A última captura antes do anúncio de ontem ocorrera em 17 de junho, quando Abid Hamid Mahmud al Tikriti, secretário particular do ex-ditador, foi pego pelos EUA.

Armas apreendidas
Pelo segundo dia consecutivo, não houve baixas ontem entre as tropas americanas, que já perderam 29 homens desde a declaração do fim dos principais conflitos, em 1º de maio. Mas os ataques não cessaram.
Em Fallujah (oeste), um dos principais pontos de resistência, iraquianos atacaram soldados dos EUA com duas granadas de morteiro. Não houve feridos.
O Centcom também anunciou a apreensão de cerca de 500 granadas de morteiro -as armas mais usadas em ataques iraquianos- durante uma blitz na estrada entre Ramadi e Asad (oeste). Em dois dias, 213 iraquianos foram detidos em blitz e patrulhas.

Avanço iraniano
O secretário americano da Defesa, Donald Rumsfeld, disse ontem haver relatos recentes de que o Irã estaria avançando com seus postos de fronteira até 25 km dentro do território iraquiano, o que ele chamou de "inaceitável".
"[Eles] obviamente não estão respeitando a soberania iraquiana", disse Rumsfeld em depoimento à Comissão de Serviços Armados do Senado dos EUA.
Washington já acusou Teerã de fomentar grupos xiitas do sul do Iraque, que buscam um regime religioso à semelhança do que vigora no Irã, e de manter um programa nuclear para fins bélicos.


Com agências internacionais

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