DA REDAÇÃO

Autoridades dos EUA e da Europa anunciaram ontem a prisão de 20 integrantes de uma rede internacional de pornografia infantil que agia via internet. Os acusados trocavam imagens em que crianças -muitas delas filhas e filhos dos membros do grupo- eram sexualmente molestadas.
O Serviço Alfandegário dos EUA, que possui unidade de combate a esse tipo de crime em território americano, disse que ainda espera fazer novas prisões. Cerca de 45 crianças, de idades variando de 2 a 14 anos, foram retiradas dos pais que praticavam abusos.
A Dinamarca foi o ponto de partida das investigações, batizadas de operação Hamlet. Em novembro de 2001, um casal dinamarquês foi preso após colocar numa sala de bate-papo uma foto de sua filha de nove anos sendo torturada. A polícia encontrou em seu computador registros de comunicações e troca de material pornográfico com outras pessoas na Europa e nos EUA.
Além da troca de e-mails com fotos, a rede de pedofilia também praticava a troca de crianças para serem molestadas por outras pessoas.
"Eu raramente vejo crimes tão repugnantes", disse Robert C. Bonner, comissário do Serviço Alfandegário.
Uma corte federal do Estado da Califórnia indiciou os dinamarqueses e outros 13 suspeitos com base em acusações de conspiração para a exploração sexual de crianças e distribuição de pornografia infantil. Se condenados, terão de cumprir penas de no mínimo dez anos de prisão.