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GUERRA SEM LIMITES
Maior capacidade de guardar explosivos e facilidade de acesso justificariam uso do veículo como carro-bomba
Limusine pode se tornar arma, diz FBI
DA REDAÇÃO
As limusines de Nova York podem deixar de ser símbolo de status e glamour para se tornarem
símbolo do terrorismo. Extremistas islâmicos têm considerado utilizar veículos de locadoras, em especial limusines, como carros-bomba, segundo relatório divulgado pelo FBI.
Esse tipo de veículo tem uma capacidade de armazenamento
muito maior que a de um carro
comum -que poderia ser usada
para colocar explosivos- e ainda
tem acesso a lugares que seriam
negados a veículos que não têm a
aura "de autoridade ou prestígio"
de uma limusine, declarou o FBI.
O boletim, enviado na sexta-feira a autoridades policiais e do governo norte-americano, alerta as
pessoas que trabalham com negócios como locadoras de carros para que estejam atentas a quem
procurar seus serviços.
O pedido de vigilância extra
também é válido para quem trabalha com segurança nos aeroportos, uma vez que o relatório
também chama a atenção para a
possibilidade de que helicópteros
usados para vôos turísticos sejam
utilizados para a realização de novos ataques terroristas.
O FBI, a polícia federal americana, reforçou a preocupação do
governo de que a rede terrorista
Al Qaeda, liderada pelo saudita
Osama bin Laden, responsável
pelo 11 de Setembro, pretende
realizar um novo atentado nos
EUA antes das eleições presidenciais no país, que deverão acontecer no dia 2 de novembro.
Segundo oficiais de Nova York,
os únicos dados que receberam ligando helicópteros a possíveis
ataques terroristas vieram do governo paquistanês, que descobriu
evidências de que supostos extremistas teriam voado nessas aeronaves para coletar informações
sobre alvos em potencial. Mas declaram não ter indicações de planos para a utilização de helicópteros
como armas.
Especialistas afirmam que, devido aos complexos controles e à
menor capacidade de armazenar
explosivos que a de um monomotor, os helicópteros se tornam
uma improvável ferramenta para
o terrorismo.
"Há indicações de que eles olharam helicópteros, mas não há indicações de que eles planejam utilizá-los", disse um oficial, que falou à agência Associated Press sob
a condição de anonimato. "Eles
fotografaram helicópteros em
Nova York, mas ainda não há indicações do que eles planejavam."
A atual escalada na guerra ao
terror promovida pelos EUA,
marcada pela elevação na semana
passada do nível de alerta contra
ataques, atrapalhou as investigações do governo paquistanês, segundo a inteligência do país.
O engenheiro de computação
Muhammad Naeem Khan, 25,
preso pelos EUA em julho, era
usado por Islamabad em uma
operação para rastrear membros
da Al Qaeda em todo o mundo.
Segundo oficiais americanos,
informações adquiridas com a
captura de Khan levaram ao secretário de segurança doméstica,
Tom Ridge, a anunciar o aumento
do nível de alerta ao terror.
Informações colhidas com
Khan e com outro membro da Al
Qaeda, segundo a inteligência, levaram à prisão de Qari Saifullah
Akhtar, detido na sexta-feira em
Dubai. Akhtar, suposto membro-chave da Al Qaeda e que teria ligações com Bin Laden, está sendo
interrogado no Paquistão.
Com agências internacionais
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