MARCIO AITH
de Washington

A notícia pode parecer exageradamente inusitada: uma reunião num quarto de hotel de Dallas (cidade do sul dos EUA) no final do mês deverá reunir mais de 12 mulheres que, de alguma forma, estão associadas a escândalos sexuais envolvendo o presidente Bill Clinton.
Essas mulheres, algumas conhecidas, outras ainda não expostas pela mídia, teriam concordado em se encontrar para estudar um processo judicial conjunto contra o presidente norte-americano.
A informação foi divulgada na página da Internet do repórter de fofocas Matt Drudge, que se tornou conhecido mundialmente em janeiro de 1998 por ter tornado público o caso de infidelidade de Clinton com a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky.
Citando advogados de algumas dessas mulheres, Drudge informa que "a notícia da reunião deverá provocar pesadelos na Casa Branca".
Como todas as informações veiculadas por Drudge em sua página na Internet ou em seus programas de rádio ou de TV, a notícia sobre a reunião foi recebida com desconfiança.
A mídia tradicional, que acusa Drudge de veicular boatos como se fossem notícias e de nunca checar suas dicas com mais de duas fontes independentes, praticamente ignorou a informação.
A principais redes de TV não comentaram o assunto ontem. O "The Washington Post" e o "The New York Times" destacaram um repórter para checá-lo, embora um desses repórteres tivesse indicado à Folha que a história era frágil.
Caso confirmada, a reunião das mulheres teria o potencial de trazer os escândalos do presidente Clinton de volta às primeiras páginas dos jornais.
Ontem, o promotor independente Kenneth Starr declarou que irá concluir suas investigações sobre os negócios imobiliários do casal Clinton antes das eleições de novembro do ano que vem.
Nessas próximas eleições, a primeira-dama, Hillary R. Clinton, provavelmente será a candidata democrata ao Senado pelo Estado de Nova York (nordeste dos EUA).


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